O Núcleo da ASPEA (Associação Portuguesa de Educação Ambiental) Aveiro e a Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Centro, colaboram com o Centro Social Paroquial Nossa Senhora de Fátima através do CLDS 4G_Aveiro na Semana da Floresta Autóctone.
Celebrou-se esta terça-feia, dia 23 de novembro, o Dia da Floresta Autóctone que pretende “assinalar a importância das espécies que integram o património florestal nativo”, assim como “promover a sua conservação numa perspetiva de valorização do seu potencial ambiental, social e económico”, lê-se no comunicado da ASPEA.
No mesmo comunicado a ASPEA refere que a “participação e colaboração de todas as pessoas e de toda a sociedade é fundamental para que a nossa floresta autóctone” esteja cada vez mais “protegida e contribua para a preservação e proteção da biodiversidade”, mas também como “contributo fundamental” para a Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas.
Esta iniciativa, que conta com três ações de informação e sensibilização subordinada ao tema de “Ações de respeito pela natureza”, tendo como destinatários líderes de associações e instituições locais, pretende contribuir para as ações no município de Aveiro numa perspetiva de inclusão social, combate à pobreza e discriminação, onde os temas ambientais estão presentes.
Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA, reforça a “importância da floresta autóctone, sendo que esta desempenha várias funções e é um bem público que deve ser valorizado e remunerado com os serviços dos seus diversos ecossistemas, que vão muito para além da exploração da madeira, como por exemplo as atividades de apicultura, turismo, desporto, artesanato, produção de cogumelos ou plantas medicinais”. O responsável diz ainda que “estas sessões são uma oportunidade para apresentação dos três projetos europeus em que participa “CareForest”; “Youth fot Trees” e “Florestas Modelo” através dos quais serão desenvolvidos recursos educativos inovadores, adaptados às problemáticas relacionadas com as florestas que se verificam em diferentes países europeus, podendo ser disponibilizados a todas as organizações do município. Serão, ainda, identificados parceiros estratégicos, para poderem participar em alguns dos projetos da ASPEA, com vista à capacitação e apoio ao desenvolvimento de projetos de territórios ambientalmente responsáveis e socialmente justos”.
Em Portugal, as árvores autóctones representam 72% da floresta, revela o 6º Inventário Florestal Nacional (IFN6) do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), uma percentagem que é composta principalmente por espécies há muito plantadas e disseminadas pelo território, como o caso do pinheiro-bravo (Pinus pinaster), do sobreiro (Quercus suber), da azinheira (Quercus rotundofila) e do pinheiro-manso (Pinus pinea).