Os municípios da Grande Lisboa com zonas ribeirinhas querem unir as duas margens do Tejo através de uma extensa rede de ciclovias, ampliando a oferta que já existe. A ideia é melhorar as acessibilidades nos próprios concelhos, e também com os vizinhos, para fornecer mais opções de lazer e dsporto, mas também para facilitar a mobilidade em geral, revela o Diário de Notícias.
Em Lisboa, o município propõe-se acrescentar aos atuais 50 Km de ciclovias mais 90, para chegar aos 140 Km”, adiantou ao DN o vereador do pelouro, José Sá Fernandes.
Além das vias para bicicletas no concelho lisboeta, está também a ser delineado um projeto para as ligações cicloviárias com os concelhos vizinhos. “É um projeto da Área Metropolitana de Lisboa que conta com verbas europeias, além das municipais, e que envolverá outros municípios”, explicou Sá Fernandes, que se escusou a adiantar pormenores. “Vamos apresentar o projeto muito em breve”, justificou.
Do outro lado do Tejo trabalha-se no mesmo sentido. Desde logo, Barreiro e Seixal deverão voltar a estar unidos com a recuperação da antiga ponte férrea sobre o rio Coina, reabilitada para receber apenas caminheiros e bicicletas. A recuperação daquele troço do ramal ferroviário de Cacilhas ambiciona ampliar a rede ciclável dos dois concelhos vizinhos, com um investimento previsto de cerca de quatro milhões de euros, repartidos por duas candidaturas a fundos comunitários no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável.
Para o presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, o projeto, “que se inscreve no plano da Área Metropolitana de Lisboa para alargar a rede de ciclovias entre os municípios ribeirinhos a norte e sul do ri Tejo, aproveitando o programa comunitário que financiado até 50% das intervenções, vai ajudar a desenvolver toda a zona ribeirinha”. Será “um impulso muito grande à rede de ciclovias”, disse o autarca, admitindo ser este “o primeiro passo para um projeto mais longo, que será ligar toda a frente ribeirinha do Tejo a sul e norte com ciclovias e percursos pedestres”.
Oeiras e Cascais também apostam no desenvolvimento das respetivas ciclovias e, mesmo não havendo planos conjuntos formais, os projetos dos dois municípios prevêem que possa haver continuidade nas vias cicláveis dos concelhos vizinhos.