As dez principais tendências de sustentabilidade para 2020
Os especialistas da Schneider Electric, líder na transformação digital em gestão de energia e automação, enumeraram as dez principais tendências em sustentabilidade para 2020. A Schneider Electric deseja proporcionar aos profissionais do setor o contexto necessário para compreenderem o paradigma atual, bem como ajudar as organizações a serem líderes em sustentabilidade.
1. Novos compromissos climáticos por parte das empresas
Independentemente do setor em que atuam, as organizações estão a juntar-se à ação climática e procuram limitar o aumento médio da temperatura global a 1,5ºC e alcançar emissões limpas até 2050. As empresas não só estão a tomar medidas para limitar as suas próprias emissões, como também estão a promover a alteração das políticas nos países e regiões onde se encontram, e a criar alianças para acelerar este movimento.
2. Os investidores globais apostam na sustentabilidade
As empresas sustentáveis chamam cada vez mais a atenção da comunidade global de investidores. Em dezembro de 2019, 631 investidores de todo o mundo – que representavam aproximadamente 37 mil milhões de dólares em ativos – assinaram uma carta que pedia aos governos que intensificassem os seus esforços contra as alterações climáticas. Deste modo, a União Europeia (UE) apresentou recentemente um plano de ação para avançar em direção à divulgação obrigatória do risco climático como parte de um novo conjunto de normas.
3. A compra de energia renovável é cada vez mais frequente
O espaço das energias renováveis continua a evoluir como um mercado atrativo para os contratos de compra e venda, e esta tendência vai acelerar-se. A Signify assinou o primeiro acordo de compra de energia virtual (VPPA), anunciado publicamente na Polónia, existindo agora diversos tipos de contrato pensados para reduzir o risco. Os novos e cada vez mais atrativos mercados para as energias renováveis, aos quais se deve prestar atenção, são o Vietnam, Taiwan, China, Itália e Alemanha.
4. Riscos da água
A ONU prevê que haverá um défice de 40% na distribuição mundial de água durante a próxima década. As empresas devem reunir informação sobre a sua pegada hídrica, alinhando as definições de água no seu negócio e aprendendo mais sobre a origem da água e como é utilizadas nas operações. Este ano, os Estados Unidos da América extinguiram os controlos de contaminação em riachos e pântanos, o que irá orginar consequências a longo prazo, ou mesmo irreversíveis, nas fontes de água.
5. Novas tecnologias transformadoras
A tecnologia está a dar lugar a novas oportunidades e modelos comerciais através de duas vias: física e virtual. Ativos como turbinas eólicas, energia solar fotovoltaica, veículos elétricos, armazenamento de baterias, microrredes e outros recursos de energia distribuída (DER) juntam-se a soluções digitais como a Inteligência Artificial, o blockchain e o Big Data para ajudar as organizações a serem mais sustentáveis, ágeis, eficientes e seguras. A conectividade e a Internet das Coisas (IoT) estão, claramente, em crescimento.
6. As alterações climáticas são reais
Os desastres naturais estão à espreita e aumentam, a cada dia, os riscos que o mundo enfrenta. As empresas já estão a ser afetadas e devem preparar-se para responder a pressões dos investidores para agir face às alterações climáticas. Por exemplo, a BlackRock anunciou recentemente que vai afastar-se de investidores cujo peso do carvão nas receitas seja superior a 25%.
7. A redução das emissões de carbono como imperativo
O auge dos objetivos de neutralidade de carbono era já uma grande tendência em 2019 e, ainda que muitas empresas tenham aderido, ainda há muitos debates sobre em que consiste exatamente ser “net zero”. A partir de agora, vamos assistir a uma maior especificação das grandes questões em torno desta tendência. As iniciativas arrancarão com a redução das emissões, de acordo com os cenários de até 1,5ºC ou abaixo de 2ºC.
8. A cadeia de distribuição será atingida
A incorporação da redução de carbono na cadeia de distribuição será um verdadeiro avanço, já que os impactos poderão ser exponenciais, em comparação com o foco exclusivo nas emissões das próprias operações de uma empresa. A otimização de rotas e cargas, a utilização de combustíveis alternativos, as energias renováveis e a iluminação LED, entre outros, são alguns dos elementos que podem fazer a diferença na ação para reduzir as emissões associadas à cadeia de distribuição.
9. Economia circular
São cada vez mais as empresas que começaram a identificar oportunidades viáveis na adoção de modelos comerciais circulares, isto é, adotando estratégias associadas à reciclagem e à extensão da vida útil dos produtos. Um bom exemplo é a redução da emissão de CO2 na cadeia de valor em 45%, utilizando técnicas de desmaterialização e ecodesign. Prevê-se que a UE anuncie, brevemente, medidas num Plano de Ação de Economia Circular.
10. As microrredes ecológicas aumentam
As microrredes garantem o acesso a uma distribuição de energia segura e fiável em zonas de crescimento e, inclusive, nas regiões com escassez de energia. Este tipo de redes apresenta-se como uma solução útil para construir uma infraestrutura resistente, algo de especial relevância num contexto de interrupções elétricas causadas por condições meteorológicas extremas. As microrredes já não são uma solução de nicho, estando a ganhar muita popularidade em vários setores, como o da infraestrutura, comércio e indústria.