Armazenamento de água desce em 10 bacias hidrográficas em novembro
A quantidade de água armazenada em novembro desceu em 10 bacias hidrográficas de Portugal continental e subiu em duas, em comparação com outubro, e só uma tem valor acima da média. No último dia do mês de novembro de 2017 e comparativamente ao último dia do mês anterior verificou-se um aumento do volume armazenado em duas bacias hidrográficas e uma descida em 10, segundo o boletim de armazenamento de albufeiras do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Com um armazenamento de 41,8%, a bacia do Arade é a única que apresenta um valor acima da média (36,7%). Das 60 albufeiras monitorizadas pelo Sistema, quatro apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 31 têm disponibilidades inferiores a 40%.
De acordo com o SNIRH, a bacia que apresenta menor capacidade de armazenamento é a do Sado (21,6%), seguida da bacia do Lima (28%). A bacia do Guadiana é a que regista a maior capacidade de armazenamento 65,2%, seguindo-se a do Douro (60,3%), do Cávado (60,2%), de Mira (53,6%), do Tejo (52,6%), do Barlavento (49,3%), do Mondego (46,8%), do Arade (41,8%), do Oeste (39,3%) e do Ave (39%).
Os armazenamentos de novembro de 2017 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de novembro (1990/91 a 2016/17), exceto para a bacia do Arade. A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira, segundo o SNIRH.
Em outubro, quase metade das 60 albufeiras do país tinham disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, tendo-se registado uma descida da água armazenada em 10 bacias hidrográficas.
De acordo com o Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado na semana passada, no final de novembro 3% do território estava em seca moderada, 46% em seca severa e 51% em seca extrema.
O índice meteorológico de seca (PDSI) indica que, em novembro, houve “um ligeiro desagravamento da intensidade da seca nas regiões do Noroeste, Centro e Sudoeste do território”. O mesmo boletim indica que o outono deste ano foi o mais seco dos últimos 46 anos, com o valor médio da temperatura máxima do ar mais alto dos últimos 86 anos.