O presidente da Câmara de Vila Real disse ontem que arderam cerca de 450 hectares de floresta e mato na serra do Alvão, onde bombeiros e militares do Exército permaneceram em operações de consolidação e rescaldo.
“Este incêndio está circunscrito. Em alguns locais, dominado, noutros em fase de rescaldo”, afirmou Rui Santos aos jornalistas, no posto de comando deste fogo e de onde se pode observar “uma triste paisagem” de serra pintada de negro. O autarca explicou que o rescaldo é “uma operação complexa” porque, com as altas temperaturas que se fez sentir na tarde de ontem, “há constantes reacendimentos”.
Pelo terreno estiveram espalhados muitos bombeiros e dois pelotões do Exército, com 44 militares, que contaram com a ajuda de muitos populares e também de máquinas de rasto. “Temos dois meios aéreos ainda a operar que vão largando água e arrefecendo os locais onde se perspetiva que possa haver problemas”, frisou.
O presidente fez ainda um apelo “a todos concidadãos para que tenham atenção ao uso de matérias inflamáveis nesta altura do ano, também a alguma maldade que por aí possa surgir”. “Isto, porque a experiência diz-nos que o agosto e setembro são, em Vila Real, meses de muitas ocorrências. Todos somos poucos para minimizar este flagelo”, sublinhou.
Rui Santos referiu que o fogo queimou “450 hectares de floresta e mato”. Houve ainda sete feridos ligeiros por queimaduras, escoriações ou inalação de fumo.
Mesmo em férias, o Presidente da República esteve atento à situação em Vila Real e ligou algumas vezes ao autarca para saber da evolução dos acontecimentos, de acordo com Rui Santos. Para este incêndio foram mobilizados 379 operacionais, apoiados por 106 viaturas e dois meios aéreos.
*Foto de Reuters