Os incêndios florestais provocaram até 30 de junho 3.936 hectares de área ardida, menos 60% do que no mesmo período de 2019, revelou hoje o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), segundo a Lusa.
Segundo dados provisórios enviados à agência Lusa pelo ICNF, registaram-se 2.143 incêndios rurais entre 01 de janeiro e 30 de junho, que resultaram em 3.936 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (2106 ha), matos (1553 ha) e agricultura (277 ha). O ICNF avança que, em comparação com o mesmo período de 2019, registaram-se menos 55% de ocorrências e menos 60% de área ardida total, com especial redução na área ardida agrícola (-85%).
“Comparando os valores do ano de 2020 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 65% de incêndios rurais e menos 77% de área ardida relativamente à média anual do período”, refere aquele organismo, sublinhando que o ano de 2020 apresenta, até ao dia 30 de junho, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o terceiro valor mais reduzido de área ardida, desde 2010.
De acordo com o ICNF, o maior número de incêndios ocorreu, até 30 de junho, nos distritos do Porto (433), Aveiro (182) e Viseu (174), mas são maioritariamente fogos de reduzida dimensão, que não ultrapassam um hectare de área ardida. Por sua vez, o distrito mais afetado em área ardida é Faro, com 2279 hectares, cerca de 58% da área total ardida até à 30 de junho, em resultado do grande incêndio de Aljezur. O ICNF refere ainda que o distrito de Vila Real é o segundo com mais área ardida, com 407 hectares, seguido de Beja, com 174 hectares.