O AQUIFER reuniu-se presencialmente em Lisboa nesta terça-feira, 14 de março, no LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), naquele que é um projeto que junta Portugal, Espanha e França na valorização e monitorização das águas subterrâneas.
José Luis García Aróstegui da IGME (Instituto Geológico y Minero de España) e responsável pelo projeto que iniciou no final de 2020 falou do objetivo de reunir e criar instrumentos inovadores para a gestão integrada dos aquíferos em tempos de escassez de recursos hídricos. Além disso, o AQUIFER quer inovar as práticas para preservar e monitorizar em tempo real as águas subterrâneas.
O projeto totaliza um custo de 1,6 milhões de euros, divididos em grupos de trabalhos, sendo que o grupo responsável pela monitorização representa cerca de 321 mil euros, o de modelos 492 mil euros, o de integração dos aquíferos perfaz 152 mil euros e o de promoção e aplicação representa à volta de 269 mil euros. A nível de budget, os parceiros espanhóis equivalem a 51%, os franceses a 27% e os portugueses, como as Águas do Ribatejo, a 23%.
No encontro na capital foram já apresentados alguns estudos de caso, essencialmente em Espanha, onde já foram aplicados aparelhos de monitorização das águas subterrâneas, que agora fornecem os dados em tempo real, permitindo assim controlar este recurso que é um dos principais no consumo de água em todo o mundo.
Depois da elaboração dos modelos de trabalho e da respetiva testagem, agora é tempo de identificar, analisar e divulgar, por meio de seminários e workshops, as soluções encontradas para preservar e valorizar as águas subterrâneas, num momento em que se enfrenta a escassez hídrica, as secas e as alterações climáticas.
O AQUIFER é financiado pelo Programa Interreg Sudoe e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e em Portugal tem atuado essencialmente no setor da agricultura, contando com a participação das Águas do Ribatejo, do Instituto Superior de Agronomia e da PPA (Parceria Portuguesa para a Água).
Por: Redação Ambiente Magazine