O Aquário Vasco da Gama vai libertar, nos dias 12 e 17 de abril, em Monchique e Mafra respetivamente, mais de 300 peixes de água doce que estão em risco.
A ação faz parte do projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais” no qual o Aquário participa – em parceria com o MARE-ISPA (Centro Universitário de Investigação em Biologia Matinha do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida), a Quercus e a Faculdade de Medicina Veterinária – com o intuito de reproduzir e manter espécies ameaçadas de água doce, da fauna e flora portuguesas, para a sua posterior libertação.
Amanhã serão libertadas, na ribeira de Odelouca, concelho de Monchique, 256 Bogas do Sudoeste. Esta é uma “espécie considerada criticamente em perigo e apenas existe em Portugal onde vive nas bacias hidrográficas dos rios Mira e Arade”, informa a Marinha Portuguesa.
Já no dia 17 de abril são libertos, no rio Safarujo, concelho de Mafra, 100 Ruivacos do Oeste. Novamente uma espécie “criticamente em perigo” e que “apenas existe em Portugal, onde vive nos rios Safarujo, Alcabrichel e Sizandro”. Esta libertação “conta com a participação da escola básica local no âmbito de um projecto de conservação e educação financiado pela Europian Union of Aquarium Curators”.
A Marinha Portuguesa garante que esta “é uma forma de proteger as espécies devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais”.