Lançada em 2001 como marca global para a atividade da água do grupo espanhol FCC, a Aqualia chega a Portugal, e a outros países como Argélia, Itália e República Checa, em 2006, como parte do plano de expansão internacional da empresa, que prossegue depois para a China e México. Em 2009, surge o primeiro contrato no Egito e, um ano mais tarde, na Arábia Saudita e no Chile, Em 2012 chega a vez do Médio Oriente e, em 2013 e 2014, do Uruguai, Montenegro, Qatar, Sérvia e Kosovo.
Hoje, a Aqualia conta com experiência na gestão de sistemas públicos de água em 22 países, espalhados por quatro continentes, servindo uma população de mais de 23.620.000 habitantes, e é a “terceira empresa europeia privada de gestão de água e a sexta no mundo, sendo líder em Espanha no seu setor com 36% de quota de mercado”, reforça Jesus Rodriguez Sevilla, Country Manager da empresa para Portugal. Além disso, “é uma empresa com modelos de gestão inovadores”, frisa o responsável, apontando como exemplos a Carta de Qualidade, os serviços personalizados de apoio ao cliente e a comunicação permanente com o cliente final. Recorda ainda que a Aqualia “é consistentemente pioneira em termos de inovação tecnológica em cada área de negócio”. E o trabalho que tem desenvolvido tem sido reconhecido internacionalmente por entidades como Roland Berger, Frost & Sullivan ou Global Water Intelligence (GWI).
Carteira de encomendas de 15.114 milhões de euros
Em 2014, a Aqualia registou uma facturação de 954 milhões de euros, com uma carteira de encomendas de 15.114 milhões de euros, contando entre os principais clientes com as administrações públicas locais, regionais ou estatais. “A Aqualia oferece uma ampla gama de serviços à medida, que vão desde a gestão do ciclo integral da água até à gestão pontual de um serviço específico, como a faturação, a gestão de clientes, ou a realização de controlos analíticos”, exemplifica Jesus Rodriguez Sevilla. No que se refere às grandes infraestruturas hidráulicas, a Aqualia conta ainda com empresas privadas ou agrupamentos internacionais como clientes, para além das administrações públicas. E trabalha com grandes companhias em todos os setores de atividade no âmbito dos projetos industriais, tais como a Danone, Heineken, Pepsi, Unicer, Endesa, BP ou Pfizer, para dar apenas alguns exemplos. Neste momento, a empresa está envolvida, através da Aqualia New Europe, no projeto de desenvolvimento de uma das maiores ETAR do mundo, Abu Rawash, no Cairo, um contrato de 25 anos com um volume de negócios previsto de 2.400 milhões de euros.
Já este ano, a Aqualia foi a adjudicatária da ETAR de Meca, na Arábia Saudita, e diversificou a sua atividade na América Latina nas áreas da operação de abastecimento e tratamento para os setores mineiro e petroquímico, para além do projeto de Cutzamala, no México, que vai garantir o aumento do abastecimento de água potável à zona periférica da Cidade do México, e do projeto de tratamento de águas subterrâneas em Huechún, no Chile.
No que diz respeito a Portugal, o responsável acredita que o setor da água se possa desenvolver, tendo em conta os financiamentos europeus para o setor, e que as Câmaras Municipais possam promover concursos públicos para a concessão da gestão de serviços públicos de água e saneamento. “Gostaríamos que o Governo contemplasse nas suas políticas de desenvolvimento para o setor as directrizes fundamentais para a sustentabilidade do mesmo, sem esquecer a participação dos privados que, em nossa opinião, tanto empenho têm demonstrado ao longo dos anos que operam em Portugal”, sublinha Jesus Rodriguez Sevilla.
Áreas de atividade da Aqualia:
1. Gestão de serviços públicos, com captação, tratamento, distribuição de água tratada, saneamento e respetivo tratamento;
2. Conceção de infraestruturas hidráulicas para águas residuais urbanas, águas potáveis, dessalinização e reutilização;
3. Concessões de infraestruturas hidráulicas, com projeto, financiamento, construção, manutenção e exploração de infraestruturas hidráulicas;
4. Soluções para a utilização da água na indústria, com projetos “chave na mão” ;
5. Manutenção e exploração de infraestruturas para regadios;
6.Conceção, construção e gestão de instalações aquático-desportivas.
(Este texto pode ser lido na íntegra na Edição Nº 72 da Ambiente Magazine)