O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira projetos-piloto de prevenção estrutural de incêndios para oito áreas protegidas, semelhantes aos realizados no Parque Nacional da Peneda Gerês, Parque Natural do Douro Internacional e o Monumento Natural de Ródão.
Em causa está um investimento de 8,5 milhões de euros nas áreas protegidas de São Mamede, Serra D’Aire e Candeeiros, Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Arriba Fóssil da Costa de Caparica, Lagoas da Sancha e Santo André, Arrábida, Serra do Açor e Ria Formosa, anunciou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Na sequência da aprovação do plano piloto para o Parque Natural da Peneda Gerês, após os incêndios que o assolaram em 2016, o Governo decidiu replicar, com as devidas adaptações, este plano em duas áreas protegidas atingidas por fogos de 2017, o Parque Natural do Douro Internacional e o Monumento Natural das Portas de Ródão.
Decidiu ainda fazer uma intervenção de caráter preventivo em três outras áreas que incluem os Parques Naturais do Tejo Internacional e de Montesinho e a Reserva Natural da Serra da Malcata.
“O resultado que obtivemos é, de facto, excecional, a área ardida nos cinco territórios que têm projeto piloto ativo a redução de área ardida é de 98%”, declarou o ministro do Ambiente, na segunda conferência realizada no âmbito do Conselho de Ministros realizado na Tapada de Mafra.
João Pedro Matos Fernandes afirmou que estes projetos piloto passam sobretudo pela “prevenção estrutural contra incêndios, que, numa área protegida, é muito mais do que limpar mato e fazer linhas de defesa primária”. “É recuperar essencialmente os habitats originais, alguns deles estavam muito dependentes para a riqueza da sua biodiversidade da própria presença da atividade humana, da atividade agro-silvo-pastoril”, defendeu. “É isso que vai acontecer, por exemplo, com a zona dos Castanheiros, em São Mamede, e na Arrábida, com uma remoção vasta de exóticas que infelizmente foram aparecendo”, acrescentou.