Na Assembleia-Geral de Acionistas da AgdA – Águas Públicas do Alentejo, S.A., realizada a 28 de março, ficou aprovado por unanimidade o Relatório e Contas relativo ao exercício de 2021 e o Plano de Atividades e Orçamento da empresa para 2022.
O exercício económico-financeiro de 2021 da AgdA fica marcado pela realização de um investimento acumulado superior a 160 milhões de euros e pelo lançamento de procedimentos de contratação de estudos e projetos na ordem dos 2 milhões de euros indispensáveis para o novo ciclo de investimentos em infraestruturas, a executar, no essencial até 2025, pode ler-se num comunicado.
De acordo com AgdA, os indicadores económico-financeiros do exercício evidenciam um volume de negócios na ordem dos 18 milhões de euros que, juntamente com o crescimento do EBITDA e um resultado líquido de 622,7 mil euros, conferem a indispensável sustentabilidade para a captação do financiamento indispensável ao esforço de investimento em curso, nos tempos de incerteza que atravessamos. Foi também no sentido do reforço da capitalização que os acionistas deliberaram na retenção do resultado do exercício, para reforço de reservas e para resultados transitados.
No âmbito da atividade de 2021 da AgdA destaca-se um “conjunto de intervenções que têm vindo a ser concretizadas no território”, como o “início da execução da empreitada de ampliação da ETA do Enxoé, destinada a concluir o sistema de abastecimento de água do Guadiana Sul”, e a “ligação de 29 aglomerados dos concelhos de Almodôvar, Castro Verde e Mértola aos sistemas de abastecimento de água de Monte da Rocha e do Guadiana Sul, que historicamente se têm confrontado com importantes constrangimentos em termos de quantidade e de qualidade”, refere o mesmo comunicado.
Segundo a AgdA, também, o início do estudo do abastecimento de água à zona costeira dos concelhos de Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Alcácer do Sal e parte de Odemira constitui um importante marco, não só para responder à “dinâmica que se regista nesta parte do território”, como assinala a “evolução da concentração de esforços em novas partes do território no que respeita aos sistemas de abastecimento de água”.
A realçar ainda em 2021 a entrada em operação do “novo sistema de águas residuais da Comporta”, intervenção que vem dar um “importante contributo para a preservação do ecossistema estuarino do Rio Sado”, assim como o “início da execução do novo sistema de águas residuais do Rosário, em Almodôvar, assinalando a entrada na fase de construção de infraestruturas para servir aglomerados mais pequenos”, precisa o comunicado.
No ano 2021, tal como indica a nota, divulgada pela empresa, foi também desenvolvido um conjunto de iniciativas destinado a assegurar o “robustecimento e desenvolvimento da organização”, dos “processos e da infraestrutura tecnológica, com especial incidência nos processos de operação e de manutenção”, a par de uma “evolução na respetiva estratégia que incluiu designadamente a operação por meios próprios de 24 sistemas de saneamento de águas residuais”.
“Neste contexto de intensa atividade, a Assembleia Geral de Acionistas deliberou aprovar votos de apreço dirigidos aos trabalhadores pela dedicação e empenho num ano ainda fortemente marcado pelos condicionalismos decorrentes da situação pandémica”, remata o comunicado.