Um novo projeto LIFE para os Açores, designado LIFE VIDALIA, um programa de valorização e inovação que vai permitir a conservação de espécies da flora endémica do arquipélago, foi aprovado, anunciou o Governo regional, avança a Lusa.
Segundo a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo, citada em nota de imprensa, o projeto LIFE, que irá permitir investir cerca de 1,8 milhões de euros, “possibilitará reforçar as populações naturais das espécies, ao mesmo tempo que irá reduzir as suas ameaça”.
O projeto, de acordo com Marta Guerreiro, que falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na conferência “10 anos dos Parques Naturais nos Açores”, estará focado nas ilhas do Pico, Faial e em São Jorge, com trabalhos de conservação que abrangem todos os sítios da Rede Natura 2000. A governante referiu que os Parques Naturais de Ilha “constituem a unidade de gestão de base da Rede de Áreas Protegidas dos Açores, abrangendo todas as áreas classificadas de cada uma das ilhas”.
“A consolidação dos Parques Naturais de Ilha, promovendo uma gestão integrada e coerente de todas as zonas consideradas fulcrais para a conservação da natureza, veio conferir maior notoriedade ao património natural dos Açores e foi acompanhada pela implementação e reforço de uma ampla rede regional de centros de visitação e interpretação ambiental, espalhada por todas as ilhas”, disse.
“Conservar a natureza não passa apenas pela implantação de políticas, mas, sobretudo, por uma consciência coletiva, uma cidadania ambiental que queremos cada vez mais ativa”, disse a titular da pasta do Ambiente.
O Governo dos Açores “tem também traçado um caminho que nos parece o mais assertivo na disseminação deste conhecimento para o exercício de boas práticas, fomentando a participação pública, individual e coletiva para as temáticas do ambiente”, acrescentou a responsável.
Os Parques Naturais de Ilha voltam a ser “protagonistas na promoção de condutas ambientalmente sustentáveis”, afirmou, destacando alguns programas nesse sentido. “No caso do Parque Aberto, só em 2017 foram realizadas perto de 400 ações, que abrangeram cerca de 15.500 participantes”, referiu, adiantando que, “se os dados são positivos neste programa, em termos de Parque Escola e com os dados fechados do ano letivo de 2016 e 2017, decorreram aproximadamente 1.000 ações, abrangendo mais de 22.600 pessoas”.