#APREN: Enquanto “vetor complementar da eletricidade”, o hidrogénio é uma “parte importante na transição energética”, destaca LNEG
Dos vários estudos que o LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) tem desenvolvido, Teresa Ponce de Leão, presidente do instituto, destaca alguns dos desafios que se colocam no sentido de tornar possível a transição energética.
A responsável, que falava à APREN, sublinhou que o hidrogénio é uma “parte importante” nesta transição, no sentido de que “garante a segurança de abastecimento”, sendo assim um “vetor complementar à eletricidade”. A questão mais importante do hidrogénio, do ponto de vista de Teresa Ponce de Leão, é garantir que “conseguimos utilizar a preços aceitáveis” quer a água residual, quer a água do mar. No caso da água reutilizável, a responsável afirma que há uma vantagem: “As ETAR´s já têm que purificar as águas residuais e, a partir daí, produzem hidrogénio”, sendo uma forma de o “utilizar”.
Na transição energética, aquele que é o primeiro vetor é a eficiência energética, isto é, “o não consumir é o desafio mais importante”, refere, acrescentando que “resolver as questões regulamentares, de segurança das políticas para o futuro e o apoio para pequenos projetos” irá em muito facilitar as questões de eficiência energética.
O LNEG está a desenvolver, em conjunto com a Agência de Energia do Porto, um projeto que visa “encontrar uma zona piloto nos bairros sociais” e “identificar soluções de eficiência energética” que “possam ser replicáveis”, que “venham a reduzir os consumos” e, por esse via, “contribuir para a descarbonização do setor energético”.
A presidente do LNEG olha para o setor elétrico como um setor mais maduro: “As soluções já são de um nível mais avançado”. Ainda assim, a responsável diz que “há passos importantes a dar” no que concerne à digitalização, dando conta que ao “nível das tecnologias de comunicação e informação” há avanços: “Agora é os nossos investigadores serem capazes de os colocar em marcha”, afirma.
A conferência anual da APREN realizou-se nos dias 6 e 7 de outubro, em formato digital, tendo sido transmitida do Pequeno Auditório da Culturgest, em Lisboa. Este ano, o tema em destaque foi “A eletricidade renovável no centro da descarbonização”.