A Associação de Energias Renováveis (APREN) espera que, em 2030, o carvão já não seja utilizado para a produção de energia, defendendo a eletrização da sociedade para conseguir uma maior eficiência. Um assunto explorado no pequeno-almoço debate realizado ontem no Pestana Palace, em Lisboa. Organizado pela ZEEV, em parceria com o Pestana Hotel Group, teve o objetivo de debater o tema da mobilidade elétrica e da geração de energia renovável.
“Em 2030 esperamos que o carvão já tenha saído do mix de energia, o que irá permitir uma maior descarbonização na produção de eletricidade” apontou José Medeiro Pinto, secretário geral da APREN, que reforçou: “através da eletrificação da sociedade, consegue-se mais eficiência”.
Explicou ainda que, “os veículos de combustão emitem cerca de 150 gramas de CO2 por quilómetro, mas com a utilização de viaturas renováveis pode-se passar para valores muito mais baixos. Um veículo em Portugal, e face ao mix de produção de eletrecidade, emite 30 gramas de CO2 por quilómetro”. Segundo os dados referidos, “em 2030, se já não se usar o carvão mas apenas gás natural em centrais de ciclo combinado para complementar a produção renovável, a emissão dos veículos elétricos reduzir-se-á para apenas 10 gramas”.
Adiantou também que atualmente existe “50% de renovável no mix energético”, mas que prevêem um aumento para 2030, chegando aos 80% de renováveis.
Neste âmbito, recordou os quatro dias, no mês de maio do presente ano, em que foi possível produzir energia renovável suficiente para o consumo.
Ressaltou também que “a energia fotovoltaica está pouco desenvolvida em Portugal”.
Na iniciativa participaram vários players envolvidos na área da mobilidade, dos quais, Carlos Jesus, da empresa ZEEV (Zero Emission Eletric Vihicle), que teve um papel de moderador do debate, estabelecendo questões de interesse às entidades participantes.