A EPAL foi distinguida esta terça-feira pelo seu trabalho na Operação Tejo 2018, anuncia a empresa em comunicado. O prémio foi atribuído pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) na categoria Responsabilidade Social – Ambiente – Redução de Impactes, que reconhece organizações que possuem uma abordagem integrada para reduzir os impactes ambientais negativos das suas decisões e atividades.
A Operação Tejo 2018 foi um trabalho desenvolvido para a recuperação das condições ambientais do rio Tejo que teve lugar na sequência de um período de seca severa e extrema e que afetou Portugal, tendo ocorrido um pico de poluição que originou a degradação da qualidade da água no rio, em particular na zona da albufeira de Fratel.
Segundo a EPAL, esse período de seca provocou a “diminuição acentuada dos níveis de oxigénio no rio, colocando em causa a sobrevivência de diversas espécies” e prejudicou a qualidade da água para outras utilizações da água do rio Tejo, como a captação da EPAL, em Valada do Ribatejo, que abastece a Estação de Tratamento de Água de Vale da Pedra, que, por sua vez, assegura o fornecimento de água para consumo humano a mais de três milhões de pessoas.
Para fazer face ao problema, o Ministério do Ambiente e da Transição Energética determinou à EPAL, na qualidade de entidade delegatária da Agência Portuguesa do Ambiente, a realização de um conjunto de ações com vista à recuperação das condições ambientais do rio, mediante a remoção, tratamento e encaminhamento a destino final da carga orgânica e nutrientes depositados na linha de água.
A Operação Tejo 2018 visou promover a recuperação da capacidade de autodepuração do meio hídrico, tendo por objetivo a melhoria da qualidade da água nas zonas mais afetadas, para níveis que não comprometessem a subsistência e sobrevivência da fauna piscícola; criar condições para possibilitar a recuperação estrutural e funcional dos ecossistemas aquáticos no troço Perais-Abrantes do rio Tejo, que se situa numa área protegida – o Monumento Natural das Portas de Ródão; e assegurar de forma sustentada, a melhoria da qualidade da água no rio Tejo que aflui à captação.
Para a EPAL, este trabalho demonstrou que, conjugando as pessoas e as tecnologias adequadas, “é possível atuar de forma célere e eficaz na proteção do meio ambiente”. Esta solução inovadora e esta experiência reconhecida ficam agora disponíveis para voltar a servir o País ou outras geografias, com o “foco contínuo na melhoria do ambiente e na qualidade de vida das populações”, acrescenta a empresa.