A APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis acaba de lançar a edição de 2019 do “Anuário”, uma publicação destinada aos seus Associados, Entidades Oficiais e ao público em geral, que tem sido anualmente divulgado desde 2006. No comunicado enviado à imprensa, a APREN considera que o Anuário significa um “marco no panorama energético nacional e uma demonstração do trabalho da Associação em Portugal”. Esta publicação, apesar de apresentar os principais dados e indicadores macroeconómicos e ambientais do setor da eletricidade no ano transato – com maior destaque para a componente renovável –, tem como principal objetivo a “compilação do portfólio de todas as centrais electroprodutoras renováveis dos Associados da APREN, evidenciando o seu impacto em termos de geração de eletricidade, emissões evitadas e número de habitantes abastecidos”, refere.
O portfólio contou, em 2018, com 5 centrais a biomassa (209 MW), 236 centrais eólicas (5 205 MW), 46 grandes centrais hídricas (6 751 MW), 100 pequenas centrais hídricas (375 MW), 37 centrais solares fotovoltaicas (93 MW) e 3 centrais geotérmicas (33 MW). Estes dados correspondem a um total de 427 centrais renováveis, com uma potência total instalada de 12 665 MW, colocando a APREN como principal voz do setor (representação de 92%).
Em 2018 registou-se um reduzido valor de nova capacidade renovável a entrar em operação, com a entrada de apenas 300 MW (maioritariamente solar fotovoltaico, incluindo autoconsumos, mas também eólica, uma pequena central hídrica e biomassa). Este ritmo de instalação de centrais renováveis é claramente insuficiente para cumprir os objetivos com que o País se comprometeu até 2020 – cerca de 60% de eletricidade renovável no consumo nacional.
Em comparação com 2017, um ano seco devido à escassa precipitação, 2018 mostrou ser mais favorável para a eletricidade renovável. Foram alcançados 29 877 GWh, o que correspondeu a 52,6% da geração de eletricidade em Portugal (total de 56 776 GWh).
A produção de eletricidade de origem renovável em Portugal continental acrescentou importantes benefícios para a economia nacional em 2018, permitindo a poupança de 1 284 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis (gás natural e carvão), e de 189 milhões de euros em licenças de emissão de CO2, assim como a redução de 12 megatoneladas de CO2 – eq. Para além destes benefícios, há também que assinalar as representativas contribuições na produção de eletricidade pelas centrais hidroelétricas (23,7%) e eólicas (22%) do território nacional.
O Anuário 2019 pode ser consultado integralmente apenas na versão impressa, no entanto, os capítulos referentes aos dados indicadores macroeconómicos e ambientais estão disponíveis na versão e-booking.
Para além do Anuário 2019, a APREN lançou duas outras publicações: “Eletricidade Renovável em Revista 2018” e “Eletricidade Renovável em Portugal – Uma Mão Cheia de Factos 2019”. Estas compilam os principais indicadores macroeconómicos e ambientais caracterizadores do setor em 2018, e estão integralmente disponíveis nas versões física e digital (Eletricidade em Revista 2018; Uma Mão Cheia de Factos).