Em Portugal, abril foi mesmo águas mil, muito mais do que é costume, e maio não tem sido muito diferente: as frentes frias continuam a chegar e a trazer chuva e temperaturas pouco primaveris. A variabilidade meteorológica natural e a posição, nesta altura, do anticiclone dos Açores, ajudam a explicar esta instabilidade, revela o Diário de Notícias.
A posição do anticiclone dos Açores, “que está um pouco deslocado para norte em relação ao que é habitual nesta altura no ano, ajuda a explicar a chegada ao território continental destas frentes”, resultantes de depressões que se formam aqui ao largo, no Atlântico, refere o meteorologista Costa Alves.
A deslocação do anticiclone da sua posição mais habitual não tem uma explicação clara, “são fenómenos complexos que ainda não sabemos explicar”, indica o mesmo responsável.
Esta maior instabilidade até pode ser natural mas, de um modo geral, “podemos dizer que se inscreve na tendência para uma maior variabilidade meteorológica que tem caracterizado os últimos 20 ou 30 anos, e que está ligada às alterações climáticas”, adianta Costa Alves.