ANPlWWF, ISA e AGIF debatem novo Plano de Gestão de Fogos Rurais com ONGAS
Decorreu ontem, no Salão Nobre do Instituto Superior de Agronomia, uma sessão de divulgação e esclarecimento sobre o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), que se encontra em consulta pública até ao dia 5 de fevereiro. Esta sessão, organizada pela ANP|WWF, o CEABN/ISA e a AGIF, procurou informar e esclarecer possíveis dúvidas acerca do Plano, com vista a ajudar todas as Organizações não Governamentais de Ambiente (ONGA) envolvidas a preparar a sua participação na consulta pública.
Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF, referiu que: “Segundo o nosso relatório sobre incêndios publicado em julho, Portugal teve quase o dobro do número de incêndios que outros países do Mediterrâneo ao longo da última década, resultando na maior área ardida entre 6 países (Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Turquia). É essencial travar esta realidade, e iniciativas como a de hoje dão continuidade não só ao compromisso da ANP|WWF para com a temática dos incêndios, mas a todo o nosso trabalho em prol da proteção e conservação da natureza.”
A sessão, realizada em parceria com o Centro de Ecologia Aplicada “Prof. Baeta Neves” do Instituto Superior de Agronomia que tem tido várias iniciativas conjuntas com a ANP/WWF, contou com a participação do Presidente da AGIF, Tiago Oliveira, e foi moderada pelo jornalista José Manuel Fernandes, contando ainda com António Brito, Presidente do ISA e Catarina Grilo, da ANP|WWF, como intervenientes. Durante a sessão, as ONGA foram convidadas a formular questões que foram colocadas pelo moderador a Tiago Oliveira.
O PNGIFR 2020-2030 tem como objetivo principal proteger Portugal de incêndios rurais graves, necessitando, para isso, de um investimento de 500 milhões de euros anuais que permita reduzir para metade, nos próximos dez anos, a área anualmente ardida em fogos rurais.
Definindo quais as responsabilidades das entidades públicas e privadas envolvidas, este Plano Integrado identifica também o contexto e designa as orientações e os objetivos estratégicos necessários para uma abordagem integrada ao problema. Como o próprio nome indica, o Plano considera fundamental o conhecimento, participação e compromisso de todas as partes envolvidas. A Gestão de Fogos Rurais (GFR) e a Proteção Contra Incêndios Rurais (PCIR) são os dois eixos considerados fundamentais, na estratégia 20-30, para a diminuição do impacto dos incêndios rurais. Valorizar e cuidar dos espaços rurais, modificar comportamentos e gerir o risco de forma eficiente são as grandes orientações estratégicas.