No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.
Hoje, partilhamos o testemunho de Catarina Grilo (ANP|WWF), desafiada por Inês Costa, secretária de Estado do Ambiente.
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“1. É preciso reconhecimento político da importância da sustentabilidade, e que destruir a natureza e interferir com o clima põem em causa o nosso bem-estar. Um(a) Vice-Primeiro(a) Ministro(a) para a Transição Ecológica é fulcral, assim como tornar a sustentabilidade ambiental central nos modelos de negócio.
2. Os custos ambientais da produção e consumo devem ser internalizados, e os processos de decisão orientados por indicadores melhores que o crescimento económico. A fusão dos Ministérios da Economia e do Ambiente é essencial, tal como as empresas reportarem indicadores ambientais standardizados.
3. Só com uma reforma fiscal verde poderá a sociedade distribuir de forma equitativa os custos e benefícios da sustentabilidade, onerando mais as atividades económicas de maior impacto ambiental em detrimento dos rendimentos do trabalho.
- By: Catarina Grilo