Os 28 anos da Ambiente Magazine foram assinalados em dezembro de 2021 e, nesse mês, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Nesta edição número 93, que corresponde à terceira – e última – parte do trabalho, partilhamos os testemunhos da área da Energia.
Hoje, partilhamos o testemunho de Nuno Oliveira, (NBI – Natural Business Intelligence).
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Enquanto continuarmos a arrumar a sustentabilidade em 3 pilares, esta tardará a acontecer. A razão é que, na nossa mente, os ‘pilares’ são estruturas físicas rígidas e separadas, tornando-se difícil ultrapassar esta segregação do social-económico-ambiental. Na verdade, a sustentabilidade não é nada disso, é um intrincado de dimensões coevolutivas, onde temos questões socio-ecológicas, económico-culturais, ecológico-económicas, enfim, uma multiplicidade de fatores que, quando virtuosamente entrelaçados nos dão um enquadramento mais harmonioso e inspirador para uma economia do bem-estar e de base natural. A sustentabilidade acontece todos os dias em que apostamos na boa gestão de recursos naturais, de valores culturais e de empoderamento das comunidades num contexto de valor partilhado entre nós e a Natureza que nos sustém”.