Os 28 anos da Ambiente Magazine foram assinalados em dezembro de 2021 e, nesse mês, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Nesta edição número 93, que corresponde à terceira – e última – parte do trabalho, partilhamos os testemunhos da área da Energia.
Hoje, partilhamos o testemunho de Nuno España (Lusíadas Saúde)
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Quando comecei a trabalhar em 2005, o crescimento era a palavra de ordem. Crescer era (quase) o foco exclusivo e muitas vezes, o indicador de referência que permitia entender o desempenho das organizações.
Com a crise financeira de 2008/2009, rapidamente entendemos que mais que o crescimento, era fundamental o desenvolvimento e isso significava ser-se sustentável a longo prazo, desenvolvendo as pessoas e os negócios.
Atualmente usamos o termo da sustentabilidade para tudo e para nada mas isso não deixa de ser bom, porque coloca o desempenho das organizações num novo patamar e que acaba por impactar todos os intervenientes no ecossistema e áreas de atuação, seja ela social, ambiental ou económico-financeira.
Numa fase de elevada incerteza e onde temos oportunidade de repensar no conceito de sucesso das organizações e sociedades, acredito que estamos no momento adequado para endereçar o tema da sustentabilidade como deve e merece ser endereçado, para bem de todos nós. Se o fizermos bem, não tenho duvidas que deixaremos um mundo bem melhor para os nossos filhos e netos”.