No 28.º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Nesta edição número 92, que corresponde à segunda parte do trabalho (primeira foi publicada na edição 91), partilhamos os testemunhos da área das Águas.
Na próxima edição serão disponibilizados os testemunhos da área da Energia.
Hoje, partilhamos o testemunho de Alexandra Serra (Águas de Portugal), desafiada por Simone Pio (Águas Públicas do Alentejo).
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Não é possível adiar mais o desafio da sustentabilidade. Uma indústria aporta valor à matéria-prima que recebe e desenvolve novos produtos que incorpora na economia do país. Se essa produção for sustentável, que recicle, recupere e valorize a matéria-prima utilizada e contribua para uma economia carbono-neutra, então projetamos este serviço para a primeira linha dos novos modelos de desenvolvimento do século XXI. Na cadeia de valor do saneamento, este tem de ser o paradigma desta década. Não chega tratar os esgotos e criar bem-estar no curto prazo. É uma obrigação valorizá-los e tornar sustentável o serviço de saneamento, impulsionando-o para a dimensão produtiva onde a água residual se transforma em produtos com valor económico e ambiental. Com as capacidades instaladas e reconhecidas disponíveis na indústria do Saneamento em Portugal, o sector tem de acelerar e criar rapidamente as bases para esta transformação”.