Aniversário Ambiente Magazine: “Para quando a sustentabilidade”?

No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.

Hoje, partilhamos o testemunho de Helena Abreu (AlgaPlus), desafiada por Carlos Gonçalves (Paladin).

PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?

“Para ontem. Sustentabilidade é equilíbrio e eu, pessoalmente, não acredito ou promovo fundamentalismos. A sustentabilidade é feita por nós, diariamente, nas nossas escolhas, nas nossas exigências; como indivíduos e como gestores de empresas, e assim, contribuir para a redução das emissões de CO2, a diminuição de consumos energéticos, a redução de desperdício ou resíduos, a prevenção de trabalho precário, e promoção de riqueza nas comunidades locais:

  • Quando escolhemos: nas deslocações (partilhando carro, indo de transporte público a pé ou de bicicleta), na aquisição de alimentos (preferindo vegetais, fruta, peixe e carne produzidos em Portugal ou Europa, em respeito pelo ambiente e cumprindo regras de segurança alimentar), na aquisição de bens de consumo gerais (reduzindo o consumo excessivo e ao mesmo tempo optando por produtores nacionais/europeus), na gestão de recursos (poupando água, gerindo desperdícios e resíduos).
  • Quando exigimos: transparência dos nossos fornecedores sobre a origem e fluxos de produção do que consumimos.
  • Quando somos informados: saber ler um rótulo, perceber a importância dos recursos naturais para o equilíbrio do nosso planeta, saber a diferença entre um recurso nativo e um exótico…

Eu estou confiante que como indivíduo, a nível pessoal e empresarial, faço o meu melhor, nas minhas escolhas diárias, na promoção da produção sustentável e consumo de um dos melhores recursos que a Natureza nos deu: as algas. Penso que se todos nos sentirmos assim confiantes, estamos no bom caminho”.