No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.
Hoje, partilhamos o testemunho de Carlos Gonçalves (Paladin), desafiado por Ana Alves (Sonae).
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Eu diria que para quando a sustentabilidade, para ontem por favor. E este é um dos pontos mais importantes do nosso projeto a curto prazo, o plano que temos em marcha e estamos a avaliar será o de restituir a totalidade da água rejeitada na nossa atividade aos lençóis freáticos. Em traços gerais, nós captamos água contaminada com nitratos, descalcificamos e purificamos por osmose inversa, utilizamos na nossa atividade, produzimos molhos, vinagres e condimentos, tratando todo o excedente numa ETAR biológica que nos permite ter à saída a totalidade da água em condições para regar. No entanto, vamos fazer passar toda essa água, através de canais e lagoas, onde será ainda mais purificada através de plantas ficando em condições ótimas para poder devolver aos lençóis freáticos, o que faremos criando zonas de infiltração ao longo do nosso projeto agroflorestal onde produzirmos algumas matérias primas agrícolas para a nossa atividade. Assim faremos aquilo que é o nosso principal foco, ou seja, a Mendes Gonçalves e a Paladin serem na sua atividade regenerativas e não apenas ter impacto neutro”.
By: Carlos Gonçalves