No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.
Hoje, partilhamos o testemunho de Érica Geraldes Castanheira (Instituto Politécnico de Coimbra), desafiada por Filipa Figueiredo (CECOLAB – Circular Economy).
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Vivemos tempos realmente paradigmáticos. Se por um lado a sociedade civil, e principalmente os mais jovens, nunca se bateu tanto por causas globais como o combate às alterações climáticas, por outro, vemos uma sociedade cada vez mais deslaçada, desguarnecida de princípios e valores humanitários. Então, as dúvidas persistem, “Será que realmente percebemos e acreditamos nestas causas?”, “Será que precisamos de mais informação sobre elas ou será que temos (des)informação a mais?”, “Será que não conseguimos ter uma visão holística sobre o Mundo e apenas nos conseguimos focar em causas específicas e de forma isolada?”. Tenho, portanto, mais dúvidas do que certezas sobre “Para quando a sustentabilidade?”. Parece-me que só quando tivermos a capacidade de olhar para o Mundo de forma mais equilibrada conseguiremos avançar. Penso que é esse o desafio: Equilíbrio. Será que somos capazes?”
By: Érica Geraldes Castanheira