Aniversário Ambiente Magazine: Para quando a sustentabilidade?
No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.
Hoje, partilhamos o testemunho de João Nunes (CECOLAB – Circular Economy), desafiada por Lígia Pinto (APESB – Associação Portuguesa De Engenharia Sanitária E Ambiental)
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“A sustentabilidade no passado, antes da revolução industrial, era a consequência de um equilíbrio natural entre a atividade humana e o planeta. Com o surgimento da revolução industrial e o aumento da população esse equilíbrio começou a ficar comprometido, até que em 1969 aparece pela primeira vez, num tratado, o termo “desenvolvimento sustentável”. Em 1987, no famoso “Brundtland Report” o objetivo era claro: a sustentabilidade tinha de ser uma prioridade. Passados mais de 30 anos a sustentabilidade ainda está longe de ser alcançada, mesmo com a definição dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, pelas Nações Unidas para 2030. Não teremos a sustentabilidade em 2030 e já se aponta para se alcançar essa ambição em 2050, quase passados 100 anos depois surgir essa necessidade. Se em 2050 conseguirmos a juntar a (1) Bioeconomia e a Economia Circular com a (2) exigência da sociedade e consumidores finais, o efeito de arrastamento sobre as cadeias de valor e produções permitirá alcançar-se a sustentabilidade”.
By: João Nuno