No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.
Hoje, partilhamos o testemunho de André Studer Ferreira (GAIA – Grupo de Ação e Intervenção Ambienta), desafiada por Ana Patrícia Fonseca (FEC – Fundação Fé e Cooperação).
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Perante a crise ecológica e social, consideremos:
– revogar os contratos de mineração, barragens, ordenamento do litoral, fotovoltaicas que não respeitaram a participação pública, o ordenamento do território e os efeitos nos sistemas ecológicos;
– não construir mais um aeroporto, deslocar-nos menos e mais devagar, com meios de transporte que respondem às necessidades e aspirações das pessoas e que respeitam os limites biofísicos do planeta;
– evitar a aprovação das novas ’tecnologias de edição genética’, que as exclui do escrutínio a que são sujeitos os organismos geneticamente modificados, e em vez, apoiar a agricultura biológica e
– não apoiar a agricultura intensiva, alimentada a agrotóxicos, mas apostar na agricultura de menor escala, regeneradora dos solos, que fixa as populações e com maior produção/área;
A sustentabilidade será alcançada quando o ser humano deixar de explorar a natureza, e se redescobrir como parte dela”.
By: André Studer Ferreira