Fonte oficial da ECHA (Agência Europeia dos Produtos Químicos), emitiu recentemente o seu parecer, onde considera a substância herbicida glifosato não cancerígena. Esta é uma tomada de posição que está em conformidade com as conclusões que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) já havia partilhado em novembro de 2015.
A informação transmitida pela agência europeia aponta para o facto de as evidências científicas apresentadas não preencherem os critérios que permitam classificar esta substância como cancerígena. Já em maio de 2015 a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) comunicaram, após análise a diversas substância ativas, que o glifosato é improvável de ser genotóxico e carcinogénico para os seres humanos na exposição na sua dieta.
Para António Lopes Dias, diretor executivo da Anipla, “a ciência prevaleceu, e estou verdadeiramente satisfeito com o retomar da verdade e da evidência científica. Esta classificação pela ECHA é consistente com as 90.000 páginas de provas existentes, 3.300 estudos, e as opiniões da EFSA e da OMS”.
Para o responsável, “o parecer não deixa quaisquer dúvidas: o glifosato não é cancerígeno. Ficamos agora a aguardar que a Comissão Europeia avance na maior celeridade com o processo de registo da substância na UE e conceda a aprovação de 15 anos – a mesma aprovação originalmente sugerida pela CE antes da substância ter sido objecto de um debate político e emocional, em vez de um debate com base em factos e ciência”.
A ECHA deverá emitir o seu parecer por escrito a Bruxelas que, por seu lado, deverá tomar uma decisão final sobre o glifosato até o final do ano. Os países-membros exercem sua influência através de votos num comité especial para a alimentação.