ANEFA alerta Governo para praga que ataca pinheiros

Tendo em conta que Portugal Continental está definido, desde 2008, através da Portaria nº 553-B de 27 de Junho, como zona afectada e de restrição para o Nemátodo da Madeira do Pinheiro, a ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente tem vindo a alertar o Governo para a gravidade da situação, tendo mesmo tomado uma posição pública, enviada ao secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões, propondo medidas para a luta e erradicação do nemátodo do pinheiro.

Segundo a associação, em causa está o facto “de o processo de tal erradicação ter sido totalmente transferido para Associações de Produtores Florestais que, demonstraram falta de capacidade de resposta para tal”.
Na perspectiva desta entidade, as Associações de Produtores Florestais deveriam efectuar “a prospecção da doença”, dado o seu conhecimento do terreno, “devendo as operações ficar a cargo de empresas de exploração florestal com capacidade técnica de execução”.
De acordo com os resultados preliminares do Inventário Florestal Nacional 2005/2006, o volume de pinho, em Portugal Continental, é de 67,1 milhões metros cúbicos, o que, tendo por base os quatro por cento respectivos a amostras positivas para o NMP, resulta em 2,68 milhões de metros cúbicos. O correspondente ao consumo de pouco mais de meio ano da indústria nacional, segundo a ANEFA. De acordo com a associação, isto significa que “se a indústria consumir, durante cerca de sete meses, apenas madeira infectada, o problema tem resolução à vista, sendo iminente o envolvimento da indústria, que deveria assumir o compromisso de receber essa madeira a um preço fixo”. Entretanto, a ANEFA alertou já para o aparecimento de uma nova doença, o cancro resinoso do pinheiro “que poderá, num futuro próximo, agravar a sanidade dos nossos povoamentos florestais”.
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