Em dezembro do ano passado, o aquecimento global deixou de ser – pelo menos na teoria -, um problema discutido por todos mas para o qual não havia uma estratégia comum.
Hoje, essa estratégia histórica, que dá pelo nome de Acordo de Paris, entra em vigor. Um plano que surgiu, após dezenas de anos a enviarmos, sistematicamente, uma quantidade insustentável de gases com efeito de estufa para a atmosfera (GEE).
Anos e anos de abusos que levaram a uma crise sem igual no que respeita às alterações climáticas.
Os países não chegaram, no entanto, de forma rápida a estas conclusões. O acordo apenas foi assinado após uma verdadeira maratona negocial na 21ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP21). A COP21 começou no dia 30 de novembro e foi preciso esperar até dia 12 de dezembro parra atingir um consenso.
Para a semana, começa a COP22, na segunda-feira, que terá lugar em Marraquexe e prolonga-se até dia 18 deste mês.
Se no ano passado a discussão se centrou na formação de um plano de ataque conjunto ao aquecimento do planeta, a Quercus diz que este ano as metas da COP22 passarão, em primeiro lugar, pela ratificação do acordo por todas as partes signatárias.
Todos os especialistas são unânimes: é urgente conseguir a diminuição de gases com efeito de estufa e o aquecimento global, refere o jornal i.
Este ano, o chamado ‘Earth Overshoot Day’ – o dia em que o planeta ultrapassou a quota de recursos naturais responsável para este ano -, aconteceu a 8 de agosto. A última vez que nenhum país do planeta ultrapassou as marcas e conseguiram passar um ano inteiro sem recorrer a créditos do ano seguinte foi em 1970.
Os cálculos são feitos pela Global Footprint que, há mais de 20 anos, usa dados fornecidos pelas Nações Unidas, fazendo a comparação entre a pegada ecológica e a capacidade do planeta para se regenerar.