A Associações Ambientalistas e organizações de caçadores assinaram esta segunda-feira, no Ministério da Agricultura, um Memorando de Entendimento para a Recuperação e Conservação da Rola-comum em Portugal.
Este memorando, segundo o comunicado enviado pela Associação Nacional de Proprietários Rurais (ANPC) “reduz drasticamente os períodos de caça da Rola-comum”, limitando-o entre o “nascer do sol e as 13 horas”, já na presente época, e “a redução do número de jornadas de caça de 20 dias para 4 dias por ano, a partir da época venatória 2020-2021”.
A assinatura deste memorando surge da “necessidade em preservar a Rola-comum no território português, mantendo e intensificando os esforços de gestão de habitats favoráveis”, designadamente nas zonas de caça, com medidas específicas para recuperar os habitats desta espécie. Por outro lado, e tendo em conta que o problema da redução desta população não é apenas nacional, mas de dimensão supra fronteiriça, os subscritores deste Memorando “comprometeram-se a desenvolver as ações necessárias junto dos congéneres espanhóis para alcançar um impacto à escala da Península Ibérica”.
Segundo António Paula Soares, presidente da ANPC – Associação Nacional de Proprietários Rurais, “este Memorando valoriza o entendimento entre o sector da caça e os ambientalistas na procura de soluções ativas para a conservação da natureza, marcando o papel positivo da gestão cinegética sustentável para a criação de habitats e fomento da biodiversidade.”
Portugal segue assim na dianteira da proteção da Rola-comum, sendo o país com maiores limitações na caça a esta espécie desde o mais restritivo limite diário de abate por caçador, proibição de caçar na proximidade de comedouros e bebedouros, até à limitação do horário de caça agora implementado e à redução drástica dos dias de caça que será implementada na próxima época venatória.