O setor ambiental em Angola registou “uma clara melhoria em termos institucionais” nos últimos 40 anos, mas os ambientalistas estão a alertar para a “poluição silenciosa” das cidades, provocada por resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais.
“Temos aquilo que chamo de poluição silenciosa, que está a acontecer, sobretudo na capital angolana, Luanda, a face visível do problema de resíduos que se está a tornar cada vez mais perigoso em todo o país”, disse à agência Lusa Vladimiro Russo, diretor executivo da Fundação Kissama, organização ligada à conservação dos recursos naturais em Angola.
Segundo o ambientalista, só depois da conferência do Rio de Janeiro, em 1992, organizada pela ONU, se edificou um organismo governamental integralmente dedicado ao setor – o Ministério do Ambiente, criado em 2008 -, e se elaboraram normas jurídicas “fortes” e “positivas” sobre a terra e o ambiente em Angola.