Até à última semana de agosto, arderam no Alto Minho 25.633 hectares, dos quais 4.500 hectares na área do Parque Nacional da Peneda Gerês. A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, que ontem divulgou os dados, reclama do Governo “medidas de emergência ao nível da estabilização e reabilitação integrada, à escala regional, das áreas afetadas e espaços limítrofes”, para evitar futuros “prejuízos ao nível da erosão de solos, movimentos de massas e vertentes, cheias e inundações e invações biológicas”, diz o Jornal de Notícias.
De acordo com os resultados provisórios avançados por aquele organismo, que agrega os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo, da área total ardida, “60% (15.271 hectares)” atingiu zona florestal (baldios), e “17%” Áreas Protegidas. Adianta ainda que globalmente a região viu “12%” do seu território afetado por incêndios.
A CIM Alto Minho fala num “cenário de calamidade ambiental” e informa que apresentou ao Governo “um conjunto de propostas de curto/ médio prazo no sentido de viabilizar a implementação de um Programa de Ação integrado para o Desenvolvimento Florestal do Alto Minho”. Reclama “a adoção de medidas específicas” nos territórios afetados, para estabilizar a floresta e reduzir riscos no que respeita à defesa e proteção contra cheias, inundações, erosão do solo e invasoras. E pretende, até 2020, aumentar na região “práticas de gestão florestal sustentável”, com aumento da produtividade dos povoamentos florestais existentes e criação de novo espaço florestal.