Três dias depois de ter ocorrido a primeira falha de segurança este ano em Almaraz, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, assegurou, em Madrid, que o armazém de resíduos vai ser construído na central nuclear terá todas as condições de segurança para Portugal, refere hoje o Jornal de Notícias.
Um comunicado do Conselho de Segurança Nuclear espanhol, emitido na terça-feira, dava conta de um incidente classificado, provisoriamente, com o nível zero da escala internacional de eventos nucleares.
Ontem, o responsável pelos Assuntos Exteriores de Espanha disse que o armazém que vai ser construído “não vai ter efeitos transfronteiriços substanciais com nenhuma zona do território português. Alfonso Dastis referiu que a tensão entre os dois países foi aliviada depois de ter havido uma troca de pontos de vista entre as autoridades dos dois países, apear de não haver acordo.
O presidente da comissão parlamentar do Ambiente, Pedro Soares, esteve ontem reunido, em Madrid, com o presidente da Comissão de Energia do Congresso dos Deputados espanhol, Ricardo Sixto. Em aberto ficou a possibilidade de uma delegação de deputados espanhóis deslocar-se a Lisboa para discutir o problema.
Pedro Soares manifestou a esperança de que o encontro “tenha consequências futuras”, depois de ter sensibilizado Sixto. Quando há um acidente nuclear não há fronteiras. A questão tem de ser encarada como ibérica e não como uma confrontação entre dois países.