Este mês, juntamente com a fatura, a empresa Águas de Gaia deixou nas caixas de correio dos consumidores um alerta relativo às “abordagens realizadas pelas empresas comerciais de purificadores de água”, salientando que são “realizadas experiências que alteram o estado químico dos elementos constituintes da água”.
É advertido que “são transmitidas informações que induzem os consumidores a acreditar que a água distribuída na rede pública é de má qualidade e com potenciais impactos negativos na saúde, o que é absolutamente fácil”.
Por se assistir ao “aumento destas práticas comerciais no final do ano”, Miguel Lemos, da administração da Águas de Gaia, explicou ao JN que “a Entidade Reguladora foi colocada a par do fenómeno”. O responsável completou que por se tratar de uma “medida preventiva não foi accionado qualquer mecanismo judicial”, ficando, todavia, “o aviso às empresas que operam no mercado”.
Gaia não é uma situação isolada. As queixas sobre este tipo de casos, denominados por “técnicas de venda agressiva”, têm surgido em todo o país, de Norte a Sul. Desde há uns anos que várias entidades, entre as quais a Deco e Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), alertam para aquilo que classificam como “engodo dos filtros de água”.