O presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença, remeteu uma missiva ao ministro do Ambiente e Transição Energética, João Matos Fernandes a reclamar uma audiência destinada a tratar soluções alternativas para mitigar as consequências dos períodos de seca que afetam a bacia hidrográfica do rio Sado.
No documento, Vítor Proença recorda a realização de uma reunião a 6 de abril do ano passado, na qual ambos participaram, assim como representantes dos principais organismos de agricultores do Vale do
Sado e da qual se concluiu que seria criado um grupo de trabalho coordenado pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, “cuja missão seria tratar das questões relacionadas com o estudo das soluções para atenuar os períodos de seca que atingem a bacia hidrográfica do rio Sado, particularmente a zona beneficiada pela obra de rega do Vale do Sado” que, em 2018, esteve em risco de não ter produções agrícolas, tão severo foi o período de seca. Desde então, o município tentou várias vezes contactar a APA, sem nunca obter qualquer resposta.
“Inacreditável o desprezo com que o município de Alcácer do Sal, a Associação de Beneficiários do Vale do Sado, a APARROZ, a Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, a SOPROSADO e os agricultores têm sido tratados. (…) Se é verdade que em 6 de abril saímos da reunião com alguma expetativa, hoje saboreamos um grande descontentamento”, refere o autarca no ofício, exigindo ao ministro do Ambiente nova audiência, até porque a próxima campanha de arroz não tarda e o concelho de Alcácer representa 30 por cento da produção nacional, pelo que urge encontrar opções viáveis perante as alterações climatéricas.