A Akuo, empresa de desenvolvimento e produção de energias renováveis, acaba de inaugurar a Central Solar Fotovoltaica de Santas, localizada nos concelhos de Monforte, Borba e Estremoz, na região do Alentejo. Com uma capacidade de 181 MWp, esta é uma das maiores centrais solares de Portugal.
Vencedora do concurso público lançado pelo Governo português em agosto de 2019, a Central Solar Fotovoltaica de Santas foi financiada em conjunto com a MEAG e o Eiffel Investment Group e começou a injetar eletricidade na rede elétrica portuguesa no passado dia 15 de maio, tendo atingido a sua potência máxima este verão. Além desta central, o concurso incluiu dois outros projetos de centrais fotovoltaicas na zona de Gavião, sendo que uma delas – a central de Margalha – já se encontra a ser construída. Estas três centrais fazem parte de um portefólio com uma capacidade total de 540 MWp.
Para Eric Scotto, presidente e cofundador da Akuo, “esta central combina todos os critérios qualitativos de um projeto regional de 360°: eletricidade renovável, ciclo de vida exemplar, maximização do território, financiamento de cidadãos e projetos inclusivos que beneficiam os habitantes locais. Enquanto empresa, a Akuo orgulha-se de ser apoiada por parceiros como a MEAG e o Eiffel Investment Group em projetos tão ambiciosos como este em Portugal, onde a abordagem à inovação energética e social está muito alinhada com a nossa.”
Uma região com clima favorável para a produção de energia limpa e competitiva
A central beneficia de um clima ameno, com uma média de 2.030 horas de sol por ano. Este nível de exposição solar – um dos mais elevados da Europa – garante um grau de produtividade e competitividade acima da média para a produção fotovoltaica, fornecendo, assim, eletricidade local e renovável a mais de 100.000 habitações.
Uma central com um ciclo de vida e compromisso a longo prazo com a região
Com os seus 336.448 módulos fotovoltaicos de baixo carbono em localizadores, esta central permite evitar mais de 70.000 toneladas métricas de emissões de CO2 por ano, uma poupança que representa o equivalente às emissões de 27.100 viagens à volta do mundo num automóvel de combustão interna.
Para a construção desta central, foram implementadas medidas ambientais a longo prazo e considerados diversos aspetos, como a conservação, a gestão e o controlo dos recursos hídricos, que são fundamentais para o ecossistema. Situada num corredor de migração, a central é também objeto de acompanhamento ornitológico, o que a torna única pela sua abordagem à sustentabilidade.
Segundo uma análise exaustiva do ciclo de vida efetuada pela Akuo, a central de Santas emite 27gCO2e/kWh, um valor substancialmente inferior à média das centrais elétricas que se fixa em 44gCO2e/kWh, de acordo com a ADEME – Agência Francesa para a Transição Ecológica.
Paralelamente, a Fundação Akuo desenvolveu ações sociais destinadas aos habitantes de Monforte, através de um programa de apoio a pessoas com deficiências mentais e idosos, adaptado às necessidades específicas deste município. Estas ações, que vão além das medidas compensatórias previstas na lei, reforçam o compromisso do Grupo Akuo com a sociedade envolvente.
Uma campanha de crowdfunding para a expansão da central
Para assinalar a inauguração da central, a Akuo – através da sua plataforma de crowdfunding AkuoCoop em parceria com a Lendosphere – vai lançar uma campanha para a obtenção de um milhão de euros, destinada a financiar a expansão da central em mais 45 MW além da sua capacidade atual. Esta campanha está aberta a todos os cidadãos da União Europeia mas, sobretudo, aos cidadãos e empresas portuguesas que queiram investir na transição energética do país e beneficiar da rentabilidade da central.
Portugal: um modelo para o desenvolvimento das energias renováveis na Europa
No Plano Nacional de Energia e Clima 2030, Portugal aumentou os seus objetivos de capacidade de energias renováveis em 50%, passando agora a ter como meta 42,8 GW. Assim, até ao final da década, 85% da produção total de eletricidade em Portugal será proveniente de fontes renováveis, incluindo 20,4 GW de energia solar fotovoltaica contra os atuais 3,7 GW.