A Air Liquide encontra-se a colaborar com a NASA no projeto “Atmospheric Tomography Mission” (ATom) que tem como objetivo fazer o perfil atmosférico e pesquisar sobre a ”presença de cerca de 200 gases” com impacto no efeito de estufa, tais como o ozono e o metano, graças a voos realizados sobre os oceanos Atlântico e Pacífico.
A Air Liquide foi o parceiro escolhido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) para assegurar o fornecimento de azoto líquido de elevada pureza e dióxido de carbono sólido no âmbito deste projeto, gases necessários para a calibração de equipamentos, nomeadamente sensores e outros instrumentos sofisticados desenvolvidos neste âmbito. Os voos da NASA partem da Califórnia e fazem uma paragem técnica na Base das Lajes, na ilha Terceira, para abastecimento de produtos perecíveis, entre os quais os gases referidos, estando programadas várias passagens pelos Açores, algumas das quais tiveram lugar durante o mês de agosto.
“Estamos há cerca de um ano em contacto com a NASA para definir todas as questões ligadas a este processo. Para a Air Liquide, é gratificante podermos colaborar num projeto tendo como parceiro a agência espacial norte-americana”, refere António Carreira, Market Manager Research & Analysis para a Air Liquide South West Europe.
A cooperação da Air Liquide com a NASA concretizou-se no abastecimento de azoto líquido e dióxido sólido três vezes durante o mês de agosto. Nas escalas técnicas de poucas horas, a Air Liquide garantiu a entrega dos gases que foram transportados do Continente para as ilhas, no caso do gelo seco (dióxido de carbono sólido) via aérea e o azoto via marítima, respetivamente acondicionados em arcas e em recipiente inox isolados a vácuo dedicados a transportar azoto líquido em temperaturas criogénicas (-196•C).
As conclusões deverão ser conhecidas ao longo dos cincos anos de projeto, à medida que sejam feitas as medições.