Águas do Ribatejo prevê investir 21 milhões de euros em saneamento e abastecimento em 3 anos
O ano de 2018 terminou com cerca de 130 milhões de euros de obras concretizadas em 10 anos de vida da empresa municipal AR – Águas do Ribatejo. Com 150 mil consumidores e 75 mil clientes, a AR garante o abastecimento de água e saneamento nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas.
O Plano Plurianual de Investimentos da empresa aprovado pelos sete municípios acionistas prevê que nos próximos três anos (2019, 2020 e 2021) sejam investidos mais 21 milhões de euros em operações nos sistemas de tratamento de águas residuais e nos sistemas de abastecimento de água.
As intervenções para construção de novos equipamentos e infraestruturas serão financiadas pelo programa europeu Poseur Portugal 2020, ainda assim, exigem um enorme esforço financeiro da empresa com recurso à banca e a capitais próprios. Todavia, algumas intervenções de ampliação e requalificação de sistemas serão realizadas apenas com capitais da AR.
O presidente do Conselho de Administração da AR, Francisco Oliveira sublinha que “o esforço de investimento que a empresa terá de suportar, quer com recursos próprios, quer com financiamento bancário, rondará os 13,4 milhões de euros”, adianta. “Não obstante tudo o que já foi feito, há ainda muito por fazer no abastecimento de água e no saneamento, em especial na construção de novas ETAR e redes”, acrescenta o administrador.
No mapa das obras previstas na área do abastecimento de água destaque para a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) nas Fazendas de Almeirim e para as ampliações das Estações de Tratamento de Água (ETA) de Almeirim e de Alpiarça. O Reservatório do Cerejal que abastece a cidade de Torres Novas será ampliado e requalificado com uma profunda intervenção.
A garantia de um abastecimento seguro, com reservas para 48 horas, e com a qualidade que a AR tem garantido, vai obrigar também à construção de novas captações e à renovação de redes em diversos subsistemas com destaque para Vale Tripeiro (inclui Benavente e Samora Correia), Santo Estêvão, Chamusca, Carregueira, Coruche, Marinhais e Riachos.
Novas ETAR em Coruche, Torres Novas e Samora Correia e requalificação das existentes
Na área do saneamento, onde já foram investidos mais de 80 milhões de euros, a AR vai continuar a ampliar as redes e vai também construir novas ETAR requalificar alguns dos sistemas existentes.
As intervenções previstas no Plano Plurianual de Investimentos para o próximo triénio incluem a construção das novas ETAR da Malhada Alta (Coruche) e Lamarosa (Torres Novas). Em 2019, ficarão concluídas as ETAR de Samora Correia (Benavente); Lapas/Ribeira Branca e Chancelaria/ Pedrógão, ambas em Torres Novas.
O plano de intervenções prevê ainda a remodelação das ETAR de Benfica do Ribatejo, Cerrado das Águas (Benavente), Arripiado (Chamusca), Couço, Muge, Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Marinhais, Salvaterra de Magos.
Estão também planeadas obras em diversas EE Estações Elevatórias e nas redes de saneamento nos sistemas de Vale Tripeiro, Carregueira / Pinheiro Grande, Vale de Cavalos, Coruche, Marinhais, Foros de Salvaterra, Torres Novas e Riachos. O valor dos investimentos previstos exige um reforço da capacidade económico-financeira da empresa, “sob pena de se colocar em causa os objetivos fixados”.
Neste contexto revela-se a necessidade de atualização do tarifário para 2019, lembrando que desde 2014 as tarifas do abastecimento de água não foram objeto de qualquer atualização real, apesar do aumento “exponencial” dos custos com o serviço sobretudo quanto ao tratamento de água. No caso do saneamento, e pese embora as atualizações efetuadas ao longo dos últimos anos, as receitas provenientes das tarifas são insuficientes para cobrir os respetivos custos, garantiu o Presidente da AR.
“Para dar resposta às (grandes) exigências que estão aí, é necessário agir em conformidade e procurar, na medida do possível, efetuar as escolhas mais equilibradas, que permitam manter um nível tarifário compatível com a realidade socioeconómica da região”, explica Francisco Oliveira.
A AR irá manter os tarifários: social, para famílias carenciadas, e familiar para agregados com mais do que cinco pessoas. “A decisão de todos os municípios acionistas da AR pretende criar as bases (sólidas) para uma trajetória que se pretende sustentável e equilibrada, mantendo simultaneamente um nível tarifário condizente com o rendimento das famílias”, conclui o presidente da Águas do Ribatejo.