O Dia Nacional da Água celebra-se, em Portugal a 1 de outubro desde 1983. Para a AR-Águas do Ribatejo, a data é mais uma oportunidade para se refletir sobre a importância deste recurso e para um uso mais eficiente da água, consciencializando para o seu valor em todas as suas dimensões – social, ambiental e económica.
Inicia-se, assim, o ciclo hidrológico em que as reservas hídricas atingem o seu mínimo antes da chegada das chuvas. E, apesar de na Bacia Hidrográfica do Tejo ainda existir água em quantidades significativas, é cada vez mais “complicado e oneroso” captar água de qualidade devido às “ameaças que os recursos aquíferos sofrem” por força das práticas agrícolas e das alterações climáticas: “A AR faz captações a 300 m de profundidade com custos acrescidos para garantir total segurança”, lê-se num comunicado, divulgada pela empresa.
Consciente desta realidade e antecipando os problemas que se irão colocar, a empresa é uma das três entidades nacionais envolvidas no projeto AQUIFER (Instrumentos inovadores para a gestão integrada de águas subterrâneas num contexto de escassez crescente de recursos hídricos).
Num contexto de crescente escassez de recursos hídricos, o AQUIFER visa “capitalizar, testar, disseminar e transferir práticas inovadoras” para a “preservação, monitorização e gestão integrada” de aquíferos. Através do projeto, pretende-se, assim, “desenvolver ferramentas e estratégias” que “ajudem na tomada de decisões sobre a gestão dos recursos hídricos subterrâneos”, melhorando a transferência de tecnologia para agentes locais e criando novas sinergias.
O plano de ação prevê que a maior parte dos ensaios e trabalhos a realizar em Portugal ocorram na área de influência da Águas do Ribatejo nomeadamente nas margens dos rios Tejo e Sorraia e no território envolvente da Bacia Hidrográfica do Tejo. “Serão testadas práticas inovadoras de preservação ambiental e gestão de águas subterrâneas, para os diferentes usos existentes: ambientais, consumo humano, agrícolas e industriais”, refere a empresa. Também, o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para monitorizar os aquíferos e as relações com rios e zonas húmidas é outro objetivo.
De acordo com a AR, está prevista a organização de seminários e conferências para capitalizar as inovações e a divulgação de documentos de síntese e fichas práticas junto de todos os potenciais atores que serão identificados na área, sejam instituições, empresas do setor da água ou utilizadores.
No dia em que se comemora, em Portugal, a água, a AR, entidade gestora do ciclo urbano da água nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas, não deixa passar em “branco” a efeméride e, por isso, desde 2010 promove eventos relacionados com o Ciclo Urbano da Água, as boas práticas ambientais e a preservação da biodiversidade.