O Banco Mundial apresentou a Águas do Ribatejo (AR) como modelo de estudo para uma delegação internacional com 15 participantes dos governos e entidades reguladoras do setor da água da Albânia, Croácia, Macedónia e Montenegro.
A visita da missão internacional decorreu na quinta-feira, 11 de outubro, em Salvaterra de Magos e esteve integrada num programa alargado que decorreu de 8 a 12 de outubro em Portugal.
O Banco Mundial é uma instituição que integra 189 países membros e que tem como missão encontrar soluções técnicas e financeiras sustentáveis para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento social e económico.
A jornada de trabalho incluiu uma apresentação detalhada da empresa municipal que assegura o abastecimento de água e saneamento a 150 mil pessoas em sete concelhos num território de 3200 km2.
Francisco Oliveira, presidente da Águas do Ribatejo, explicou que o modelo da AR já está a ser aplicado em várias regiões de Portugal e que têm existido várias solicitações por parte de entidades estrangeiras que pretendem conhecer o processo de criação e consolidação da empresa municipal.
“É muito bom constatar o interesse do Banco Mundial e das entidades aqui representadas nesta delegação. Desde sempre estivemos abertos para o mundo e todos aprendemos com esta troca de conhecimento e experiências”, referiu.
Na sessão foi exibido um documentário do Banco Mundial onde a Águas do Ribatejo é apresentada como um modelo inovador que integra todo o ciclo no abastecimento e saneamento. Entre as vantagens da união dos municípios são referidas as economias de escala e de valor geradas pela otimização das infraestruturas e dos recursos humanos e financeiros.
Patricia Lopez, do Banco Mundial, considerou que a AR é um bom exemplo do que os governos locais podem fazer se unirem esforços e desenvolverem uma estratégia com foco na visão, coesão e solidariedade entre os participantes. A especialista em financiamento de infraestruturas ficou surpreendida com a dimensão dos investimentos realizados no período de 10 anos, cerca de 130 Milhões de Euros com uma “excelente” taxa de execução dos fundos comunitários. “Foi uma jornada muito interessante porque é uma realidade invulgar e que pode ser aplicada nas regiões de origem dos participantes neste evento.”
O presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos fez as honras da casa e proporcionou uma visita à Falcoaria Real em Salvaterra de Magos onde a comitiva assistiu a uma demonstração de voo e conheceu os ilustres habitantes do Palácio que levou Salvaterra para os mais altos voos na falcoaria mundial
Hélder Esménio destacou também as potencialidades da gastronomia e da doçaria local, onde se incluem os famosos barretes que fez questão de dar a provar aos visitantes. E porque Salvaterra é filha do Tejo, a jornada terminou na aldeia típica do Escaroupim.