Águas do Douro e Paiva aumenta produtividade dos poços de captação

A Águas do Douro e Paiva (AdDP) realizou, entre os dias 13 e 17 de maio, uma dragagem na Albufeira de Crestuma Lever, com o objetivo de aumentar a produtividade dos poços de captação de água.

A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Lever possui duas origens distintas de captação no rio Douro: uma superficial e outra subaluvionar, constituída por três poços de captação em profundidade. Esta redundância de origens confere à infraestrutura uma elevada flexibilidade operacional e resiliência. A água proveniente dos poços, de excelente qualidade, tem um menor impacto ambiental e um custo operacional três vezes inferior ao da água superficial. Por ser a opção mais eficiente, é dada utilização preferencial à origem subaluvionar.

Nos últimos anos, devido às alterações climáticas, tem-se verificado uma diminuição do caudal do rio Douro e um aumento na deposição de sedimentos, o que provoca a colmatação do leito do rio, diminuindo a produtividade dos poços. Por esta razão, a empresa programou esta dragagem na zona envolvente aos poços.

Os trabalhos de dragagem decorreram conforme o previsto e os resultados foram imediatos: o volume de água captado nos poços aumentou mais de 30.000 m³/dia, representando uma economia significativa em reagentes e energia. Em menos de três semanas, a poupança obtida equivaleu ao custo total do serviço de dragagem.

Para além desta economia, a intervenção aumentou a eficiência dos equipamentos, nomeadamente das bombas das estações elevatórias associadas aos poços, estimando-se uma redução no consumo de energia de 3.000 kWh/dia.

Os trabalhos foram previamente autorizados pela APDL (Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A.) e pela Capitania/Polícia Marítima. Durante a intervenção, a Polícia Marítima foi informada diariamente sobre o início e término dos trabalhos, de forma a garantir as condições de segurança no rio.

É importante referir que a AdDP já realizou uma dragagem mais abrangente em 2022, com remoção efetiva de sedimentos numa área de 95.000 m², com um investimento de 371.150€, resultando num retorno de 200.000€/ano, cujos efeitos perduraram até este ano.

António Borges, presidente do Conselho de Administração, considera que “o investimento realizado nesta intervenção demonstra a agilidade e a capacidade da empresa em dar resposta aos efeitos das alterações climáticas, e reafirma o compromisso permanente com o aumento da eficiência operacional e da resiliência do serviço prestado às populações da região”.