Águas do Centro Litoral investe mais de um milhão de euros na manutenção dos emissários submarinos de Espinho e São Jacinto

A Águas do Centro Litoral consignou, este mês de julho, a empreitada de “emissários submarinos de Espinho e São Jacinto – Adaptação dos Difusores e Renovação da Proteção Catódica”, à empresa Xavisub – Mergulhadores Profissionais, Lda.

Após mais de duas décadas desde a construção dos dois exutores submarinos, ambas as infraestruturas têm sofrido a influência do ambiente salino onde se inserem, desgaste natural, e ações acidentais, nomeadamente através da utilização de redes de pesca, sendo necessária a sua manutenção.

Esta empreitada de mais de um milhão de euros pretende, assim, melhorar o desempenho hidráulico dos emissários – por meio da abertura e fecho de risers e orifícios –, repor os emissários de proteção catódica e substituir os elementos metálicos de fixação com níveis de corrosão elevada. Um investimento de manutenção da boa exploração dos exutores submarinos, que é, também, um contributo para a qualidade das águas balneares e para a classificação das praias com Bandeira Azul.

Os emissários submarinos de Espinho e São Jacinto, construídos no final do século XX, vieram contribuir para a despoluição da ria de Aveiro e da barrinha de Esmoriz, sendo fundamental a sua manutenção. Estes dois exutores descarregam o efluente tratado nas estações de tratamento de águas residuais (ETAR), que cumpre as normas definidas pela APA e promove a boa qualidade do ambiente marinho. O desgaste sentido ao longo dos anos e a evolução dos caudais descarregados levam, assim, à necessidade de intervir nestas infraestruturas essenciais ao meio ambiente e aos municípios servidos.

Recorde-se que o emissário submarino de S. Jacinto, construído pela ex-SIMRIA (hoje Águas do Centro Litoral) em 1998, drena o efluente rejeitado pelas ETAR de Cacia, Ílhavo e S. Jacinto, assim como os da Portucel, e serve os concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Cantanhede, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Vagos e Santa Maria da Feira. Este emissário tem o comprimento total de 3.378 m e desenvolve-se entre a câmara de carga (situada em São Jacinto) e a batimétrica -15,0 m(ZH) no Oceano Atlântico. O emissário é constituído por um tubo de PEAD com diâmetro exterior de 1.600 mm.

Já o emissário submarino de Espinho, construído pela Câmara Municipal de Espinho nos finais da década de 80 do século XX, drena o efluente rejeitado pela estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Espinho, que serve o município de Espinho e parte dos concelhos de Santa Maria da Feira e Ovar. Este emissário tem o comprimento total de 2.000 metros e desenvolve-se entre a câmara de carga na ETAR de Espinho e a batimétrica -9,0 m(ZH) no Oceano Atlântico. O emissário é constituído por um tubo de PEAD com diâmetro externo de 800 mm.

A Águas do Centro Litoral é responsável pela recolha, transporte e tratamento de águas residuais e trabalha diariamente em prol de um ambiente melhor. Nesse sentido, monitoriza todo o processo de tratamento das águas residuais até à devolução no meio hídrico, acompanhando o desgaste dos equipamentos instalados, tendo previsto investimentos de manutenção dos equipamentos existentes e de substituição de equipamentos. Esta empreitada de manutenção dos exutores submarinos é um desses investimentos, em alinhamento com a missão e visão do negócio da AdCL, que visam, essencialmente, a preservação do meio ambiente e da saúde pública.