Águas do Algarve investe na reutilização de águas residuais para rega de campos de golfe

Como parte do seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, a Águas do Algarve está a investir em soluções para o tratamento e reutilização de águas residuais das nossas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Esta água tratada será (re)utilizada para a irrigação de campos de golfe, uma iniciativa que responde aos desafios crescentes relacionados com a escassez hídrica, impulsionada pelas alterações climáticas.

Este projeto concretiza-se com a realização da empreitada para a construção das infraestruturas de produção, elevação e adução de ApR a partir da ETAR da Boavista, no concelho da Lagoa, de forma a assegurar a reutilização da água para rega de campos de golfe, espaços verdes associados, bem como usos compatíveis com a qualidade da mesma, designadamente de rega, de usos paisagísticos, de usos urbanos e industriais.

Atualmente, a ETAR da Boavista contempla o tratamento biológico por lamas ativadas em regime de arejamento prolongado com nitrificação/desnitrificação e remoção biológica e química de fósforo, materializada através de dois reatores biológicos com zonas anaeróbias (seletor anaeróbio), anóxicas e aeróbias e dois decantadores secundários, constituindo duas linhas de tratamento. O tratamento biológico é antecedido de um tratamento preliminar, que compreende as operações de gradagem mecânica, elevação inicial e remoção de areias e de óleos e gorduras.

O investimento da ApR da Boavista justifica-se assim, pela contribuição para a melhoria do tratamento de águas residuais urbanas para a produção de ApR e a sua distribuição, a partir da ETAR de Boavista. Isto será possível através da construção de uma fase de tratamento adicional que permita a desinfeção das águas residuais e da execução de uma estação elevatória para águas residuais tratadas, que permitirá a adução da ApR ao ponto de entrega. Tendo com principal objetivo possibilitar uma gestão integrada de recursos hídricos, em zonas consideradas de escassez, permitirá substituir a utilização anual de cerca de 0.5 milhões de metros cúbicos de água superficial ou subterrânea por água tratada reutilizável, assegurando um maior equilíbrio entre a procura e a disponibilidade do recurso hídrico, oferecendo uma resposta às crescentes pressões provocadas pelas alterações climáticas.

Este projeto, financiado pelo PRR, deverá estar concluído até ao final deste ano, sendo que a obra acima mencionada foi adjudicada por 1.014.265,25 euros.