Consciente dos desafios globais provocados pelas alterações climáticas e consequente escassez de recursos naturais, a Águas do Algarve tem vindo a investir fortemente na transição para fontes de energia limpa e renovável. A título de exemplo desataca-se a construção de centrais fotovoltaicas, principalmente para autoconsumo (UPAC), que permitem reduzir a dependência da energia da rede elétrica de serviço público (RESP) e, consequentemente, o custo com a sua aquisição. Destaque ainda para a adoção de medidas de eficiência energética, nomeadamente através de “adoção de boas práticas de gestão”, que passam por, “sempre que possível, evitar consumir às horas em que a energia é mais cara, e na aquisição de equipamentos mais eficientes”.
Atualmente, a Águas do Algarve é detentora de 3 UPAC, com uma potência total instalada de 1,2 MWp. No âmbito do Contrato de Aquisição de Serviços de Operação e Manutenção do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve – Zona Poente, estão a ser instaladas, pelo Prestador de Serviços, 4 UPAC com uma potência toral instalada de 865,7 kWp.
A Águas do Algarve lembra ainda que possui 55 instalações equipadas com unidades de microprodução fotovoltaica, com uma potência total instalada de 220 kWp, três instalações equipadas com unidades de miniprodução fotovoltaica, sendo duas delas em parceria com a AdP Energias e a outra, cujo investimento esteve a cargo da Galp e, atualmente, a exploração e manutenção, também, com uma potência total instalada de 326 kWp. A produção elétrica resultante das unidades atrás referidas, é para venda à RESP.
No âmbito do Programa de Neutralidade Energética do Grupo AdP (Programa Zero), que tem por objetivo a redução dos consumos energéticos nas infraestruturas de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e aumentar fortemente a produção própria de energia 100% renovável, a Águas do Algarve afirma-se como um elemento essencial para tornar possível atingir tais metas, onde se prevê a realização de um investimento estimado de 44,8 M€, entre 2021 e 2030, na instalação de centrais de produção de energia verde, ou seja, proveniente de fontes de energia renováveis, com especial enfoque para a eólica, hídrica e reforço da solar.
Mais recentemente foi ajustado o Programa de Neutralidade com mais investimentos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde se destaca instalação de uma central fotovoltaica para autoconsumo, associada à futura Dessalinizadora, permitindo à Águas do Algarve e ao Grupo Águas de Portugal manter os objetivos relativos à neutralidade energética.
A transição para um sistema energético baseado em fontes renováveis é uma necessidade premente para mitigar as mudanças climáticas, preservando ecossistemas, biodiversidade, e o próprio ser humano, sendo mais uma ferramenta indispensável na garantia de um futuro que se pretende sustentável. Embora existam desafios significativos a serem superados, como infraestruturas, financiamento, entre outros, as oportunidades e benefícios associados à adoção de energias limpas são consideráveis e não podem ser descurados.