A Águas de Santarém apoiou a obra “As águas do Ribatejo no Século XVIII”, da autoria da Doutoranda Lina Maria Marques Soares, que foi apresentado ao público no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santarém, no Dia Mundial da Água, 22 de março.
Abrindo a cerimónia, e referindo-se à obra, o Senhor Professor Doutor Martinho Vicente Rodrigues, Diretor do Centro de Investigação Doutor Joaquim Veríssimo Serrão (CIJVS), descreve-o como sendo “um acontecimento editorial e um veículo de conhecimento”, o qual “será usado como um guia”.
Como descrito pela Professora Doutora Cristiana Lucas Silva, que teve a amabilidade de prefaciar e de fazer a apresentação do livro, fez referência a uma passagem da obra: “Como uma tapeçaria, este livro reúne de forma bem entrelaçada informação variada sobre diversos tópicos de análise do ponto de vista intertemporal (pessoas, lugares, instituições, património, narrativas) que têm como elo a água – … com uma componente histórica muito relevante e com certas tonalidades poéticas que o tornam singular”.
Referindo-se à obra como “um livro aberto e um belíssimo ponto de partida para investigações”, fez, ainda, questão de mencionar uma outra passagem da obra: “Sem dúvida, um interessante acervo que jamais deixaria cair no esquecimento a importância das águas de Santarém na cultura portuguesa. Nunca os académicos terão imaginado que, três séculos depois, seria justamente a empresa denominada ‘Águas de Santarém’ – premiada em anos sucessivos pela excelente qualidade da água que fornece ao concelho – que se comprometeria com o seu fornecimento aos munícipes por quatro décadas, a partir de 2008″.
A autora, Lina Soares, dirigiu, ao Presidente do Conselho de Administração da Águas de Santarém, Ramiro Matos, e à empresa, os seus agradecimentos por ter tornado possível a publicação desta obra, em conjunto com o CIJVS.
Lina Soares, explicou o porquê das águas do Século XVIII e de Santarém: “o Século XVIII dado que foi nesse século que nasceu o povo de Nossa Senhora do Rosário no Barreiro” e Santarém por ser “uma cidade como muita história, que me encantou”. Sublinhou, ainda, que existe muita riqueza “não só de história, como de literatura tradicional nas lendas, que este livro – penso –, vai incentivar o leitor a escolher este espaço”.
Face ao simbolismo do Dia Mundial da Água, o Presidente da empresa municipal, salientou que “Neste dia em, que por todo o mundo, se assinala a importância vital da água, escolhemos fazê-lo não apenas com consciência ambiental, mas também com memória e reflexão. Porque a água é muito mais do que um recurso natural – é matéria de vida, de civilização, de pertença e de continuidade. Está presente nos grandes rios e nas pequenas fontes, nos gestos quotidianos e nos rituais ancestrais, no trabalho e no lazer, na fé e na poesia”.
Referindo-se à obra, Ramiro Matos agradeceu à autora “pela forma como nos convida a olhar para a água com outros olhos – não apenas como um bem essencial à vida, mas também como elemento identitário, cultural e histórico”.
Ramiro Matos, em particular neste dia, salientou: “e não posso deixar de agradecer, com especial orgulho, a todos os trabalhadores da Águas de Santarém, que se associa a esta iniciativa com a mesma missão que, diariamente, prosseguem: cuidar da água, garantir o seu acesso com qualidade e sustentabilidade, e contribuir para a sensibilização e valorização deste bem essencial à vida. Esta é, também, uma forma de reforçar o compromisso com a educação, o conhecimento e a ligação à comunidade”.