A Águas de Gaia propõe a criação de uma “task-force” europeia de ajuda à reconstrução das redes de água e saneamento nas cidades ucranianas destruídas pela guerra. Esta proposta foi apresentada por Miguel Lemos Rodrigues, presidente da Águas de Gaia, aos membros da AquaPublicaEuropea, associação europeia de operadores públicos de água.
Miguel Lemos Rodrigues, também membro da direção da AquaPublicaEuropea apela, assim, a uma união de esforços aos municípios ucranianas e as respetivas entidades gestoras das cidades afetadas pelos ataques russos: “São inúmeras as cidades a serem destruídas e as infraestruturas de serviços básicos de água, saneamento, eletricidade e gás estão a ser fortemente afetadas”.
O presidente da Águas de Gaia relembra que o sexto objetivo do desenvolvimento sustentável é precisamente o de garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos: “Não obstante das várias campanhas de apoio e solidariedade aos refugiados que fogem para os países vizinhos, e que os portugueses e as empresas portuguesas têm sido encaváveis, não podemos esquecer a necessidade de reconstrução da Ucrânia no pós-guerra, que todos nós esperamos e ansiamos o mais rápido possível”.
De acordo com um comunicado, divulgado pela Águas de Gaia, esta proposta será debatida na próxima reunião da direção da AquaPublicaEuropea, marcada para a quinta-feira, dia 17 de março.
Para além de assegurar a disponibilidade da Águas de Gaia em ajudar as congéneres ucranianas, Miguel Lemos Rodrigues assume “vontade de apoiar a organização de uma equipa comum das empresas públicas da Europa em estreita colaboração com a Comissão Europeia, de auxílio para que as populações ucranianas voltem a ter água potável e saneamento básico para quando regressarem às terras que tiveram que abandonar para proteger a vida e das suas famílias”.
A AquaPublicaEuropea representa um conjunto de entidades gestoras, que juntos fornecem serviços de água e saneamento a mais de 70 milhões de cidadãos na Europa, se cada cidadão servido representasse a doação de 1€, ao final de um ano representaria um fundo de 840.000.000€.