A Águas de Carvalhelhos volta a dar um novo passo em direção à descarbonização da marca e da indústria do setor. Pioneira em Portugal na introdução das embalagens PET (politereftalato de etileno, um tipo de plástico 100% reciclável) no mercado de águas minerais e de nascente engarrafadas, a marca passa a incorporar 30% de rPET (PET reciclado) em seis tipologias das suas embalagens (0,33 litros, 0,50 l. e 1,5 l., nas variantes natural e gaseificada).
A etapa representa uma antecipação em meia dúzia de anos da meta definida pela União Europeia, que, através da Diretiva de Embalagens e Resíduos de Embalagens, prevê que todos os fabricantes de garrafas PET deverão incorporar 30% de material reciclado a partir de 2030.
Esta nova mudança no circuito produtivo da Águas de Carvalhelhos foi possível graças à substituição dos quatro equipamentos de fabrico de garrafas que funcionavam com polímeros granulados (e que originavam maior desperdício) por um sistema mais eficiente e sustentável, que trabalha com preformas, a primeira etapa do processo de produção de uma garrafa plástica, através do processo de injeção.
“O rPET possui as mesmas caraterísticas que certificam o uso de PET na indústria do setor, mas são necessários menos recursos para o produzir, o que é ambientalmente mais sustentável. A produção deste tipo de plástico reciclado usa, em média, quase menos 60% de energia em comparação com a produção de PET virgem. Ou seja, uma circularidade que poupa o meio ambiente, dado que se evita a exploração repetida de recursos como gases naturais e petróleo, ambos utilizados no fabrico de plástico”, recorda Daniel Soares, administrador da Águas de Carvalhelhos.
A reciclagem do PET permite ainda gerar menos 75% de emissões de CO2 para a atmosfera, reduzir os resíduos nos aterros e, também, diminuir as emissões tóxicas nas instalações de incineração de plástico.
A marca, recorde-se, arrancou em junho com uma unidade de produção para autoconsumo (UPAC) composta de 1.125 painéis fotovoltaicos, que possibilitam uma redução na emissão de dióxido de carbono na ordem das 165 toneladas anuais. Além disso, começou a substituir as viaturas da sua frota (a gasóleo e gasolina) por veículos 100% elétricos, fase que incluiu a eliminação dos empilhadores a gás e a aquisição de outros totalmente elétricos. Todos, já em operação, contribuem para a redução de outras 94 toneladas de CO2 por ano na atmosfera.