O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, afirmou, ontem, que é “500 vezes mais barata que a engarrafada” e com “qualidade garantida”. João Matos Fernandes assistia ao lançamento da primeira pedra da remodelação da Estação de Tratamento de Água de Vale da Pedra, no concelho do Cartaxo (distrito de Santarém), um investimento de 13 milhões de euros, o maior atualmente em curso por parte da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, do Grupo Águas de Portugal.
De acordo com o Diário de Notícias, o ministro destacou o “número expressivo” de municípios que continuam a apresentar “uma quantidade muito grande de água não faturada”, ou seja, que é comprada e não é vendida, fator que não se deve apenas a “um problema de canos rotos e condutas velhas”.
Admitindo que haja necessidade de fazer investimentos a esse nível, afirmou que o problema é essencialmente de gestão, “de não faturar, de um parque de contadores muito antigos, de falta de conhecimento do que é a própria rede, de falta de recursos humanos para debelar de imediato roturas que surgem”. Por isso, considerou, é fundamental a criação de sistemas sustentáveis.
Matos Fernandes apontou a EPAL como exemplo de um sistema “diferente”, que vai desde a captação até casa do consumidor.
O ministro referiu igualmente a importância do tratamento dos efluentes para garantir a qualidade da água do Tejo, matéria em que o Ministério tem vindo a ter intervenção ativa, nomeadamente com as ações junto de empresas poluidoras.
Como exemplo dessa ação, referiu o caso da Centroliva, de Vila Velha de Ródão, que cumpriu todas as obrigações impostas pelo Ministério do Ambiente relativamente à poluição e vai manter a licença de funcionamento, graças a um investimento da ordem dos 50.000 euros, bastante inferior ao da multa que lhe poderia ser aplicada (que poderia ir até aos cinco milhões de euros).