Agricultores protestam hoje em Coimbra e exigem mais apoios
Agricultores e produtores florestais afetados pelos incêndios de 2017 protestam esta quarta-feira, dia 14, em Coimbra, para reclamarem mais apoios do Governo após os avultados prejuízos decorrentes daqueles fogos, refere a agência Lusa.
O protesto, convocado pela Comissão Inter-Concelhos dos Agricultores e Produtores Florestais Lesados pelos Incêndios, está marcado para as 10:30, junto à delegação da Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Centro, em Coimbra, informou a ADACO – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, em nota enviada à agência Lusa.
Durante a concentração, está prevista uma “ação de sensibilização da opinião pública” e a organização do protesto também já solicitou ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, a sua presença na delegação da DRAP do Centro, para lhe ser entregue “um caderno de reclamações”.
Segundo a ADACO, há “milhares de produtores agrícolas que não conseguiram fazer as suas candidaturas” por terem sofrido queimaduras, terem estado ausentes do país ou longe das suas terras. A maioria dos “estrangeiros residentes na região do interior”, por desconhecimento, não se candidatou às ajudas de apoio à agricultura ou à habitação, defende também esta organização.
Os agricultores defendem a “imediata reabertura das candidaturas simplificadas até ao final de junho”, a divulgação de “informação concreta aos agricultores da razão dos cortes” nos apoios dados, a “reabertura das candidaturas em inglês” para facilitar o acesso à informação pela comunidade estrangeira e a abertura de candidaturas a concelhos afetados noutros incêndios de 2017, como é o caso de Mação e Coimbra.
Para além disso, os agricultores alertam que o Governo “não garante qualquer ajuda para o corte da floresta e para a sua limpeza por parte dos produtores florestais”, pedindo também medidas de apoio para a florestação e replantação, incluindo em áreas de baldios.
Relativamente à limpeza das florestas até quinta-feira, os agricultores consideram o prazo “impraticável” e exigem, “no mínimo, o seu congelamento, pelo menos enquanto o Governo não instalar balcões únicos previstos na reforma das florestas”, refere a nota de imprensa da ADACO.